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Paulo Zahr

Lições que transformaram minha jornada

| 16.08.25 - 09:13
Não imaginava que a paternidade seria uma das maiores escolas de gestão da minha vida, mas foi exatamente isso que aconteceu. As lições aprendidas em casa se tornaram fundamentais para minha jornada como empresário e fundador de uma rede com milhares de colaboradores e franqueados.
 
Aprendi que ouvir é tão importante quanto orientar.
 
Com filhos, você logo percebe que falar demais e escutar de menos é o caminho mais rápido para perder conexão com quem realmente importa. Levei esse aprendizado para o mundo dos negócios: os melhores insights também vêm de quem está na linha de frente. Franqueados que vivem o dia a dia da operação, equipes que atendem o cliente de perto, colaboradores que conhecem o processo como ninguém.
 
A gestão de expectativas também ganhou uma nova perspectiva.
 
Na paternidade, a gente entende que cada pessoa tem seu tempo. Pressionar demais pode gerar frustração. Apoiar de menos pode estagnar. Esse equilíbrio é essencial na condução de uma rede de franquias. Nem todos os franqueados atingem os mesmos resultados no mesmo tempo — e está tudo bem. Cada um tem sua curva de aprendizado e seu próprio contexto.
 
Ser pai me levou a repensar o verdadeiro sentido de legado.
 
Passei a refletir mais sobre o impacto de longo prazo das decisões que tomo hoje. Nem tudo que parece certo no curto prazo resiste ao teste do tempo. Liderar, como educar, é pensar com responsabilidade no futuro.
 
A gestão do tempo também mudou.
 
Com a paternidade, aprendi a ser mais eficiente, presente e focado no que realmente importa. Reuniões desnecessárias, burocracias excessivas e perfeccionismos improdutivos perderam espaço. Qualidade de presença passou a valer mais que quantidade de horas.
 
E, acima de tudo, desenvolvi uma competência que considero estratégica: paciência.
 
Pessoas não se transformam da noite para o dia. Elas precisam de tempo, apoio e confiança para crescer. Essa consciência fez de mim um líder mais humano e criou ambientes mais saudáveis e produtivos ao meu redor.
 
Hoje, entendo que ser pai e ser líder não são papéis distintos. São facetas complementares.
 
A paternidade me ensinou a ser um gestor mais empático. A liderança me ensinou a ser um pai mais estratégico. E, nas duas jornadas, o objetivo é o mesmo: ajudar pessoas a se tornarem a melhor versão de si mesmas.
 
Quando isso acontece, os resultados vêm. Naturalmente.
 
*Paulo Zahr é empreendedor e especialista em franquias, com mais de 30 anos de experiência no setor

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