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Rogério Bernardes

Curral Eleitoral

Programas estimulam o ócio | 13.12.13 - 11:19

Goiânia - Há aproximadamente 40 anos, 80% da população brasileira vivia e sobrevivia no campo e apenas 20% nas cidades. Hoje a pirâmide se inverteu: mais de 80% se espremem nas cidades e menos de 20% resistem no campo.
 
Os coronéis políticos de outrora tinham na força, no poder econômico e na intimidação dos mais necessitados, a sua hegemonia política. Demonstrada claramente através da doação de dentaduras, de botinas (um pé antes e o outro depois) e pela farta comida servida aos eleitores, onde entregavam-lhes a cédula e “ensinavam-lhes” a votar.
 
Quase sempre esses fatos ocorriam em suas propriedades rurais e, literalmente, dentro do curral (por ter maior espaço e possuir uma parte coberta – barracão). Daí o nome curral eleitoral. Os eleitores saiam dalí com a barriga cheia, a cabeça feita, cabresteados, direto para a urna. Em função disso, os coronéis se perpetuaram no poder por muitos e muitos anos.
 
Nos dias de hoje, em pleno século XXI, tem ocorrido a mesma coisa, por meio dos diversos programas governamentais que, ao invés de estimular o trabalho, estão estimulando o ócio, a preguiça, dando o peixe ao invés de ensinar a pescar.
 
Esses programas são necessários e importantíssimos para saciar a fome em uma situação emergencial. Fome não espera e nem tem hora pra chegar. Entretanto, estão transformando a carência do povo no maior cabo eleitoral de todos os tempos, com um só objetivo: perpetuar no poder. 

Fazendo respeitosamente uma comparação bíblica, vejamos o exemplo de Esaú, neto de Abraão e filho de Isaac, que mudou o seu futuro e perdeu sua condição de primogênito para o irmão Jacó, em troca de um simples prato de comida.
 
E o que pode ser feito para mudar essa realidade? 

Educação de qualidade e oportunidades iguais para todos!
       
Não podemos admitir que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) torre bilhões e bilhões de reais e de dólares com Eike’s Batista’s da vida. Todo esse dinheiro precisa ser colocado à disposição de quem quer trabalhar e produzir e, principalmente, em projetos que gerem empregos. 
 
Agindo assim, o Brasil poderá se transformar no celeiro do mundo, pois além de terras férteis e água em abundância, temos riquezas naturais invejáveis. Como diria Pero Vaz de Caminha há 500 anos: “nesta terra, em se plantando, tudo dá...”
 
É necessário, urgente e prioritário investir em cada município brasileiro, sem exceção. Incentivar todos eles a gerar empregos aproveitando, obrigatoriamente, a mão de obra local e a vocação natural de cada localidade, objetivando transformar o Brasil no País do trabalho, da educação, da saúde e da dignidade. 
 
Pois o trabalho e o estudo, além de dignificar o homem, tem o poder de transformar uma Nação.
 
Rogério Bernardes - advogado e procurador jurídico da CELG

Comentários

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  • 15.05.2014 14:28 valdilenerodriguesdossantos

    muito bem rogério...

  • 15.05.2014 14:25 valdilene Rodrigues Dos Santos Oliveira

    Muito bem Rogério.

  • 20.12.2013 17:35 Rosiclair Borges Elias

    É notório esta situação tenho uma pequena Terra , tentei plantar milho mas não consigo enxergar um trabalhado que quer plantar, ouve inversão de valores, peões estão vindo para cidade e quem planta?

  • 17.12.2013 22:42 Carmem Lucas

    Parabéns Rogerio pelo excelente artigo!

  • 17.12.2013 18:42 ALEXANDRE FRANCISCO DOS SANTOS

    Concordo plenamente com que está exposto neste artigo. Precisamos urgentemente dar um basta nessa política do toma lá, dá cá. Por que o povo tem que pagar a conta do interesse individual? Nossa cidade não pode ser curral de ninguém. Esses novos coronéis do asfalto não percebem que uma revolução silenciosa começa a acontecer em nossa cidade. As mentes independentes começam a entender que precisamos de uma gestão justa e participativa. É possível unir as mentes livres num movimento político que rompa de verdade com essas velhas práticas.

  • 17.12.2013 14:22 Bacil Christo Khouri

    Temos que fazer valer nosso voto, elegendo pessoas que irão ser comprometidas com o bem estar geral e não somente com o seu próprio.Parabéns Dr. Rogério, é de pessoas comprometidas que nosso Brasil precisa.

  • 17.12.2013 11:41 Veruska de Oliveira Frazão Bernardes

    Me encanta a maneira como Rogério se posiciona em questões tão antigas e delicadas em nossa sociedade. Nós cidadãos precisamos nos conscientizar que vivemos um momento em que se faz necessário mudanças, reais e tangíveis, que afetem positivamente a qualidade de vida de toda nossa nação

  • 17.12.2013 09:21 Francisco Joais Rodrigues de Sousa

    é só mudar para melhorar

  • 16.12.2013 11:34 Jaqueline Frioli

    Realmente a chave da mudança esta na educação de qualidade que é a base para um país melhor, o cobertor e curto para cobrir grandes problemas do Brasil.

  • 15.12.2013 11:40 José Francisco Carvalho

    O artigo nos leva a repensar sobre o potencial brasileiro no campo, onde temos todas os atributos para sermos o celeiro mundial, basta, no entanto, vontade política e incentivos reais para o trabalhador rural.

  • 14.12.2013 08:07 Rogério Antonio Bernardes

    Foi um desabafo!

  • 13.12.2013 22:38 joaquim frazão

    Concordo com Rogerio Bernandes.Enquanto tivermos currais eleitorais não teremos uma democracia plena com cidadãos conscientes.

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