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O turfe no Jockey Club de São Paulo

Conheça a principal competição do ano | 20.05.21 - 10:10 O turfe no Jockey Club de São Paulo (Foto: Porfírio Menezes)
Carla Lacerda
 
Menos veloz que um cervo
Menos nobre que um leão
O homem fatalmente seria um escravo
O cavalo fez dele um rei
(Al-Mutanabbi)
 
São Paulo - O que um dos mais célebres poetas árabes de todo os tempos vaticinou durante sua vida, entre 915 e 965 d.c, ainda é realidade nos dias atuais. É só pegar qualquer notícia ou estar em uma roda de conversa em que o assunto principal seja o turfe para perceber que os versos de Al-Mutanabbi são totalmente atemporais. Uma prova? Que tal mostrarmos como foi o resultado do último Grande Prêmio São Paulo – Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a mais badalada competição do Hipódromo de Cidade Jardim?
 
Já no título da matéria, o jornalista Fernando Lopes mostra quem é o protagonista da história: Head Office e a consagração no GP de São Paulo – CSN (G1). No decorrer do texto, a comprovação explícita do poema árabe escrito há mais de mil anos.    
 
Head Office confirmou o esperado e escreveu seu nome na seleta lista dos ganhadores do Grande Prêmio São Paulo - CSN (G1), prova maior do turfe bandeirante. A importante disputa foi o ponto alto da jornada do domingo, 16 de maio (2021), no Hipódromo de Cidade Jardim e, como de costume, corrida em 2.400 metros, na pista de grama.
 

Os campeões do G1 2021: Head Office e Jorge Ricardo (Foto: Jockey Club de São Paulo) 

O maior fenômeno já visto dentro de uma raia de corridas de cavalos, Jorge Ricardo escreveu mais uma página na sua história de sucesso no mundo do turfe.
 
Criado pelo Haras Santa Maria de Araras, um eterno celeiro de craques, Head Office é um 4 anos, filho de Wild Event e Corticeira, por Giant's Causeway. Na sua nona vitória, Head Office gastou 2min27s226 para completar a milha e meia. (Site do Jockey Club de São Paulo)
 
Para entender um pouquinho mais sobre a áurea que ainda cerca as corridas de cavalos, o jornal A Redação recuperou parte importante da trajetória do esporte no Brasil.
 
Como o turfe chega a São Paulo
 
Tradicional na terra da rainha, o turfe teve sua “golden hour” no Brasil durante muitas décadas. Em São Paulo, a história começa a partir da viagem do jovem Raphael Paes de Barros, filho do barão de Itú e neto do barão de Iguape, à Inglaterra, onde foi para aprimorar os estudos.


Rainha Elizabeth II em um desfile com seu cavalo: turfe sempre teve tradição na Inglaterra (Foto: Divulgação)

Raphael volta ao país engajado na luta pela libertação dos escravos e apaixonado pelas corridas de cavalos, esporte que vivia seu grande apogeu na Europa. Junto com Antônio da Silva Prado funda o Club de Corridas Paulistano em 14 de março de 1875, que, em 1941, se tornaria o Jockey Club de São Paulo, com o novo hipódromo inaugurado na Cidade Jardim.
 
No início, conforme aponta o site da instituição, eram apenas 73 sócios - jovens e senhores da elite empresarial paulista - e um capital de 9 contos e 90 mil réis. Ao longo dos anos, esse contingente cresceu de forma substancial, chegando a somar 5 mil sócios, relata o engenheiro Wolney Unes, responsável técnico pela obra de restauro pela qual passa o clube, a cargo da Organização Social Elysium Sociedade Cultural.     
 
Mas bem, bem antes dessa revitalização que pretende devolver ao Jockey os tempos dourados estava o “verbo”, o primórdio. E foi na rua Bresser, na Mooca, zona leste de São Paulo, que Rapahel Barros, detentor de muitas terras na região, criou o Club de Corridas Paulistano. As arquibancadas comportavam 1,2 mil pessoas, no sopé das chamadas colinas da Mooca, no mesmo local onde hoje está instalada a Administração Regional do bairro.
 

Primeiro hipódromo do Jockey, antigo Club de Corridas Paulistano, na Mooca, 1876 (Foto: Divulgação)

Na primeira corrida no local, realizada em 29 de outubro de 1876, apenas dois cavalos inscritos, Macaco e Republicano, sendo esse último o favorito. Mas foi o “azarão” o vencedor da disputa.
 
A estrutura do hipódromo de Cidade Jardim, inaugurada em 1941, também merece destaque, contando com quatro pistas, sendo que as raias de grama, com 2.119 metros, e de areia, com 1.993 metros de volta fechada, eram utilizadas para as corridas oficiais.
 
O principal momento do ano é justamente a realização do GP São Paulo, que representa o ponto máximo de uma programação que também inclui os GPs Presidente da República (G.2), OSAF (G.1), ABCPCC (G.1) e Juliano Martins (G.1), entre outras importantes provas.
 
Até hoje, o GP de São Paulo ocorre sempre no mês de maio. Isso desde 1923, com exceção do ano de 1940, quando o Jockey Club preparava sua transição da Mooca para Cidade Jardim, e de 2020, por causa da pandemia do coronavírus.







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