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Feira Hippie: do artesanato ao sucesso do turismo de negócios

Local recebe visitantes de todo o País | 08.10.21 - 18:18
Feira Hippie: do artesanato ao sucesso do turismo de negócios Foto: Letícia CoqueiroCarolina Pessoni
 
Goiânia - Um conjunto de mais de 5 mil bancas de diversos produtos bem no Centro de Goiânia! Esta é a Feira Hippie, que funciona aos fins de semana na região da Praça do Trabalhador. Mas nem precisava dessa orientação sobre onde está localizada. A Feira Hippie é a própria referência, afinal, por sua tradição e dimensão, pode ser considerada como um patrimônio dos goianienses.
 
O centro de compras é considerado a maior feira ao ar livre do Brasil e uma das maiores da América Latina. As bancas comercializam produtos diversos, de vestuário a artesanato. É quase impossível sair sem sacolas nas mãos. 
 
No seu início, entretanto, era tudo bem diferente. A feira começou por volta da década de 60, quando o movimento hippie estava em seu auge. Nessa época, jovens goianos que se identificavam com esse estilo de vida começaram a vender produtos artesanais na região do Parque Mutirama e, daí, surgiu o nome da feira.


(Foto: Reprodução/Carlos Sena)
 
A Feira Hippie era também um local de manifestações culturais, com artistas plásticos, músicos e poetas, que faziam performances para o público. Posteriormente, o grupo migrou para a Praça Universitária e, depois, para a Praça Cívica, até se fixar na Praça do Trabalhador, onde a feira permanece até hoje.
 
Com o passar do tempo e a queda de adeptos do movimento hippie, as características da feira foram se modificando. De produtos artesanais, passou a receber expositores também de outros tipos de mercadoria e, aos poucos, as bancas foram aumentando, se tornando esse grande conglomerado atual.
 
Atualmente, as atividades da Feira Hippie começam na sexta-feira, com a montagem das bancas a partir das 20 horas. O funcionamento oficial da feira é das 6 horas de sábado às 15 horas de domingo, com atendimento, inclusive, durante a madrugada.
 
Movimento econômico
Os produtos de moda e vestuário são o grande forte da feira atualmente, mas também é possível encontrar peças de artesanato, artes plásticas, utensílios domésticos, itens de alimentação e artigos regionais. Mais recentemente, produtos eletrônicos e até celulares e acessórios passaram a fazer parte do mix de produtos oferecidos aos clientes.
 
Essa variedade chama atenção por atrair consumidores de todo o Brasil, que inclusive compram mercadorias no atacado para revender em suas cidades. Antes da pandemia de covid-19, a Feira Hippie recebia, em média, 40 ônibus de excursões de todo o País, principalmente das regiões norte e nordeste, semanalmente. 


(Foto: Letícia Coqueiro)
 
O secretário executivo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), Rafael Meirelles, destaca que a Feira Hippie, além de uma importante opção de lazer e compra para a população de Goiânia e região metropolitana, é responsável pela manutenção da renda de milhares de pessoas "Não só dos feirantes, mas de uma cadeia de serviços e produção que envolve cerca de 25 mil pessoas de forma indireta", ressalta.
 
Rafael afirma ainda que a feira é também uma das grandes responsáveis por atrair o turismo de negócio no entorno da Região da 44. "Semanalmente milhares de pessoas de outros municípios e estados circulam na região, movimentando a economia, seja no comércio de produtos ou na prestação de serviços, como, por exemplo, da rede hoteleira, alimentação, dentre outros."
 
Tradição de família
Um negócio que vem passando de geração em geração. Assim é na família de Leidiane de Jesus, que começou a trabalhar na Feira Hippie com a mãe, aos 8 anos de idade. “Ia com a minha mãe para ajudar a atender os clientes. Aos 17 anos já tinha minha própria barraca”, lembra.
 
Ela diz que, além da mãe, o irmão, o tio, o esposo e uma prima também têm bancas na feira. “É uma vocação de família. Assim como a minha mãe, eu criei meus filhos aqui. Os mais velhos, de 16 e 12 anos, já ajudam no trabalho. A de 4 anos vem também com a gente. E da mesma forma que foi comigo, também incentivo minha filha mais velha a ter a barraca dela. A gente tem que pensar em crescer, em trabalhar”, diz.
 
Para Leidiane, a Feira Hippie significa “tudo na vida”. “Se não tiver feira, quebra nossos braços e nossas pernas. Além da família pra sustentar, a gente ainda tem os funcionários pra pagar o salário, todo o custo pra manter o negócio. É feriado, Natal, Ano Novo... a gente sempre está aqui.”
 
De volta à praça
Em razão das obras de restauro realizadas na Praça do Trabalhador, a Feira Hippie tem funcionado em um local provisório na mesma região. Mas está programado para o início do ano que vem o retorno da feira à nova Praça do Trabalhador, após a conclusão e entrega da obra. Rafael Meirelles afirma que a Prefeitura vai entregar uma nova estrutura, com banheiros amplos, iluminação de LED, piso permeável e arborização.


(Foto: Divulgação/Sedec)
 
"Um Grupo de Trabalho está dialogando e estudando junto aos feirantes, montadores, empresários da região e servidores técnicos da Prefeitura, um novo modelo e formato de bancas, de forma a proporcionar uma nova identidade visual, organização e conforto aos usuários e feirantes", destacou o secretário executivo.
 
 
 
 
 
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