Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
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Foto: Divulgação/CRER
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Carolina Pessoni
Goiânia - Quem passa pela Avenida Vereador José Monteiro, no Setor Negrão de Lima, pode nem imaginar que aquele imponente complexo de mais de 33 mil metros quadrados foi, um dia, cenário de dor, exclusão e silêncio. Ali funcionou o antigo Hospital Psiquiátrico Professor Adauto Botelho, unidade símbolo de uma era em que o isolamento era o destino de quem vivia com transtornos mentais.
O que está erguido no mesmo terreno da região central de Goiânia hoje, no entanto, é justamente o oposto: um espaço onde o cuidado é humanizado, o acolhimento é rotina e a reabilitação é o caminho para uma vida com mais autonomia e dignidade. Fundado em 25 de setembro de 2002, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER) nasceu com uma missão ousada: preencher uma lacuna histórica da saúde pública de Goiás, que até então não oferecia atendimento especializado para pessoas com deficiência ou em processo de reabilitação.
“O Estado percebeu que havia uma demanda reprimida enorme. Muitos pacientes precisavam se deslocar até Brasília ou São Paulo, em busca de tratamento na Rede Sarah ou na AACD. Era uma questão de justiça social”, afirma o diretor-geral da unidade, Luiz Carlos Junio Sampaio Teles, que começou sua trajetória no CRER como auxiliar administrativo, em 2003.
CRER dispõe de recursos tecnológicos avançados, como o Laboratório de Marcha, para reabilitação (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Desde então, o hospital, gerido pela Organização Social Agir desde sua inauguração, não parou de crescer. De 8 mil metros quadrados, passou para 33 mil, expandindo estruturas, especialidades e, principalmente, a capacidade de acolher. Atualmente, são mais de 40 mil atendimentos por mês, o que representa quase 2 mil atendimentos diários em áreas como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, pedagogia, assistência social, consultas médicas, exames e cirurgias.
“O CRER foi pensado para ser um centro de reabilitação com perfil hospitalar, e isso é algo raro no Brasil. Temos uma linha de cuidado que vai desde o diagnóstico até a reabilitação intensiva. Nosso foco são as quatro grandes deficiências — física, auditiva, visual e intelectual —, mas ao longo dos anos incorporamos novas tecnologias, serviços e terapias para garantir um cuidado completo e multiprofissional”, explica Luiz Carlos.
A estrutura é, de fato, impressionante. O CRER conta com 156 leitos de enfermaria, 20 de UTI, oito salas cirúrgicas, quatro piscinas aquecidas para hidroterapia, cinco ginásios de reabilitação, ambulatório com mais de 20 especialidades médicas, além de um centro de diagnóstico com tomografia, ressonância, exames laboratoriais, laboratório de marcha, genética e audiologia.
Equipe de odontologia na unidade é habilitada para atender pacientes com necessidades especiais (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Outra inovação é o CRER em Casa, programa de atenção domiciliar que atualmente acompanha cerca de 60 pacientes com equipe médica e multiprofissional. A unidade também está em processo de aquisição de novos equipamentos, como esteiras aquáticas, robôs de marcha e sistemas de reabilitação 3D, reafirmando seu compromisso com a modernização constante.
Essa busca por excelência se reflete nas certificações e reconhecimentos. O CRER foi o primeiro hospital do Estado a conquistar a Acreditação ONA 3 (Excelência), em 2016, e em 2024 recebeu o selo Qmentum Internacional – Diamante, chancela canadense que atesta os mais altos padrões de qualidade e segurança. Soma-se a isso o reconhecimento como um dos Melhores Lugares para Trabalhar na Saúde em Goiás (GPTW) e diversos outros prêmios nacionais.
“Desde o início, sempre colocamos o paciente no centro do cuidado. Isso está no nosso DNA. O planejamento estratégico e a cultura organizacional voltada para a segurança do paciente nos ajudaram a alcançar patamares de excelência. Hoje somos referência nacional e até internacional. Recebemos visitas de gestores de todo o Brasil que querem entender o nosso modelo e replicá-lo”, destaca Luiz Carlos.
Em parceria com a Polícia Militar, o CRER oferece equoterapia para os pacientes (Foto: Divulgação/CRER)
Com mais de 25 milhões de atendimentos e procedimentos realizados desde 2002, o CRER também é certificado como hospital de ensino e pesquisa pelo Ministério da Saúde e pelo MEC, com 31 vagas anuais de residência nas áreas médica e multiprofissional. De lá já saíram mais de 120 residentes médicos e quase 100 multiprofissionais, reforçando o papel da unidade na formação de mão de obra especializada e no fortalecimento do SUS.
O impacto do hospital ultrapassa os muros da instituição. A chegada do CRER impulsionou o desenvolvimento urbano e econômico da região. “A presença de um equipamento desse porte muda a dinâmica de um bairro inteiro. Isso se reflete na valorização imobiliária, no comércio local, nos serviços e na qualidade de vida da população”, avalia o diretor.
Gameficação faz parte dos tratamentos oferecidos no CRER (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Pai de uma criança com autismo severo, Luiz Carlos vivencia o CRER não só como gestor, mas como usuário. “Meu filho faz tratamento aqui. Eu vejo, dentro de casa, o quanto essa estrutura impacta vidas. E quando olho para os nossos índices de avaliação me sinto ainda mais comprometido com essa missão. Mesmo que indiretamente, sei que estou contribuindo para transformar a realidade de muitas famílias”, compartilha, emocionado.
Na contramão da exclusão que marcou o antigo Hospital Adauto Botelho, o CRER é hoje uma casa de esperança. Ainda é possível ver parte dos muros da antiga unidade, conservados como um marco simbólico do que foi superado. “A ideia foi justamente essa: ressignificar o local. Mostrar que onde havia dor, hoje há cuidado, dignidade, acolhimento. O CRER representa essa virada”, finaliza Luiz Carlos.