Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Carolina Pessoni
Goiânia - Entre os ambientes mais imponentes do Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás, o Salão Dona Gercina Borges Teixeira ocupa um lugar de destaque. Isso ocorre não apenas pela beleza do espaço, mas também pela carga simbólica que carrega.
Localizado no térreo, o salão é cenário de eventos oficiais e encontros que reúnem autoridades e convidados do governador e da primeira-dama. É ali que acontecem almoços, discursos e exposições, em um ambiente que combina solenidade, arte e memória.
Foto de Dona Gercina Borges Teixeira "recepciona" os convidados no salão que leva seu nome (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
O nome do espaço presta homenagem a Dona Gercina Borges Teixeira, esposa de Pedro Ludovico Teixeira, o interventor federal que liderou a construção de Goiânia e consolidou o projeto de interiorização do desenvolvimento em Goiás. A homenagem se revela logo na entrada: um retrato da homenageada recepciona os visitantes, abrindo caminho para um ambiente que traduz a elegância e a história do Palácio.
O salão, de proporções amplas, é decorado com móveis em madeira nobre, estofados em tons claros, piano, tapetes, vasos, abajures e uma grande estante, elementos que ajudam a criar uma atmosfera de requinte e serenidade. Retratos das primeiras-damas de Goiás formam uma galeria iluminada, onde o visitante pode reconhecer rostos e estilos que marcaram diferentes períodos da história política e social do Estado.
O lustre imponente é uma das marcas registradas do espaço (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Nas paredes, quadros de artistas plásticos de renome nacional dão cor e vida ao ambiente. “Desde 2019, as obras que estão no Palácio foram selecionadas pela primeira-dama, Gracinha Caiado, junto a uma arquiteta e a um curador de arte”, explica Rosemar Neves, integrante da equipe de patrimônio do Palácio das Esmeraldas. “Nesse período, fizemos apenas a devolução e troca de uma ou duas peças, mas, no geral, não há rotatividade. As obras permanecem como parte do acervo fixo”, completa.
O acervo artístico que enriquece o Salão Dona Gercina é composto por obras do próprio Palácio e outras emprestadas pelo Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC), integrando o diálogo entre tradição e modernidade. Do MAC, vieram peças de artistas consagrados, como Cavalhada, de Antônio Poteiro; Janelas II, de Alexandre Liah; uma obra sem título de Siron Franco; Gênesis Germinal, de Célio Braga; e Banca de Jornais na Praça do Bandeirante, de Amaury Menezes.
Quadro Cavalhada, de Antônio Poteiro, está exposto no hall de entrada do Salão Dona Gercina Borges (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Já entre as obras pertencentes ao acervo do próprio Palácio estão Homem Energia Cristalizada, de Alfredo Faria, e uma composição abstrata em gesso e madeira, cuja autoria permanece desconhecida, mas que desperta curiosidade pelo contraste entre matéria e forma.A seleção de obras feita em 2019 buscou valorizar artistas goianos e obras que dialogam com a identidade da capital.
“A ideia era criar um ambiente que preservasse o caráter histórico do Palácio, mas que também refletisse o olhar contemporâneo da arte feita em Goiás”, explica Rosemar. O resultado é um espaço em que o passado e o presente se encontram, e onde cada peça parece contar uma parte da trajetória do Estado, seja pela pincelada vibrante de Poteiro, pela força simbólica de Siron Franco ou pela delicadeza abstrata de Célio Braga.
Móveis compõem microambientes, criando atmosfera acolhedora (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Além do valor estético, o salão guarda um significado afetivo para quem circula pelo Palácio. O piano posicionado em uma das extremidades do ambiente remete à tradição das recepções culturais que marcaram diferentes gestões, enquanto o mobiliário é disposto em microambientes, remonta à convivência e o diálogo dos primórdios da capital, trazendo viva a figura dos pioneiros que passaram pelo espaço.
As paredes claras, pontuadas por obras e fotografias, ajudam a valorizar a luz natural e a amplitude do salão, cuja decoração é constantemente adaptada conforme o tipo de evento realizado. Mais que um espaço de cerimônias e solenidades, o Salão Dona Gercina Borges Teixeira reúne fragmentos da história de Goiânia, que começou com Pedro Ludovico e Dona Gercina e segue viva nas memórias que continuam a ser construídas.