Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Sobre o Colunista

José Abrão
José Abrão

José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br

Meia Palavra

Os melhores do ano de 2022

| 28.12.22 - 07:30 Os melhores do ano de 2022 (Foto: reprodução) 
Aproveitando o paradão do "entre festas" e no espírito do ano novo, decidi começar uma nova tradição na coluna: o Zé Awards, escolhendo os melhores do ano em parcas categorias e com critérios totalmente pessoais e arbitrários. Selecionei meus favoritos em filme, série, álbum e game. Livros não foram listados porque francamente não soube escolher um só e também porque não li nada lançado este ano. Sem mais delongas, vamos adiante:
 
Filme - Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo
Evelyn, vivida por Michelle Yeoh, leva uma vida medíocre e está insatisfeita. Uma reviravolta inesperada acaba lhe permitindo acessar a sua vida em outras realidades e todas as possibilidades. Mas ter infinitas escolhas pode não ser lá uma vantagem tão grande quanto parece... Dirigido pelos autorais Daniel Kwan e Daniel Scheinert, conhecidos como “Os Daniels”, este filme é um bálsamo. Se trata de uma comédia absurda, misturando humor besteirol com viagens interdimensionais e que, mesmo assim, consegue abordar de forma tocante e relevante grandes temas como a vida, a morte e o amor. Saindo de uma pandemia e de uma sequência de anos muito difíceis e desafiadores, a mensagem otimista e intimista do longa aponta uma luz no fim do túnel sem precisar ser um filme hermético e obscuro, muito pelo contrário, podendo ser facilmente assistido e apreciado por toda a audiência.

 
Série - Ruptura
É no mínimo irônica que uma das mais potentes mensagens anticapitalistas do audiovisual recente seja uma produção original da Apple TV. Ruptura acompanha a distopia de um grupo de funcionários que separaram cirurgicamente suas vidas no ambiente de trabalho e em casa. Além de ter personagens e tramas envolventes, a série chama atenção por sua abordagem nem um pouco sutil sobre a crescente desumanização e alienação do trabalho, fazendo conexões diretas com grandes conceitos filosóficos e sociológicos em sua narrativa. Inspirado pelos já distópicos anos da pandemia, o programa questiona o espaço cada vez maior que o trabalho ocupa em nossas vidas e o apagamento do indivíduo frente a um expediente que nunca termina.

 
Game - Elden Ring
Falo com tranquilidade que nenhum jogo lançado este ano – quiçá nos últimos anos – se equipara a Elden Ring. Na verdade, nem chegam perto. O designer Hidetaka Miyazaki e o estúdio From Software continuam dando aula de game e level design de alta complexidade e profundidade, desta vez, revolucionando as mecânicas de mundo aberto, consideradas estagnadas há quase uma década. Para além disso, como de costume, o jogo é extremamente desafiador e possui uma mitologia original que se destaca em um mar de mesmice. Tão profundo que, para concluir, precisei de mais de 150 horas de jogo e ainda assim não vi tudo o que tem a oferecer.


Álbum - ‘Impera’ (Ghost)
Meu Wrapped de final de ano não me deixa mentir: Impera foi disparado o álbum que eu mais ouvi em 2022 e não é à toa. Em um gênero nichado e que também tende à estagnação do rock, os escandinavos da Ghost finalmente encontraram um lugar confortável no mainstream sem perder toda a linguagem estética, temática e profundamente autoral que fizeram com que se destacassem em um estilo que parecia ter perdido os dentes. Agora só falta fazer mais shows por aqui. 


Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:

Sobre o Colunista

José Abrão
José Abrão

José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351