Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Carolina Pessoni
Goiânia - Quem passa pela Praça do Trabalhador, no coração de Goiânia, pode não imaginar que, além do grande espaço de jardim e monumentos históricos, está localizado, ali, um museu. Dentro da Antiga Estação Ferroviária fica o Museu Frei Confaloni, inaugurado em 2019 e considerado o mais jovem entre os museus da capital.
O local possui galerias especiais e logo no saguão de entrada estão expostos vários desenhos de Confaloni, além dos dois grandes painéis que medem 9 x 4,5m. Denominados "Bandeirantes - Antigos e Modernos", retratam a construção das Estradas de Ferro em Goiás. Os afrescos foram pintados diretamente na parede, antes da inauguração da estação, no ano de 1950.
O diretor do museu, Antônio Damata, destaca que diversas exposições temporárias já passaram pelo local, além dos eventos que são realizados na estação. A Galeria Luiz Curado é a que recebe as mostras com tempo determinado, como uma das mais importantes e que recebeu no mês de março, intitulada "AmAury MeneZes de A a Z", que homenageou o artista goiano.
Um dos painéis "Bandeirantes - Antigos e Modernos" (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
Damata explica, ainda, que o prédio onde o museu está situado, a Antiga Estação Ferroviária, possui também muitos atrativos. "É um edifício tombado nos níveis municipal, estadual e federal, um dos cartões postais de Goiânia. Há muito para ver: os azulejos, a área da bilheteria, a Maria Fumaça, a Torre do Relógio, o jardim e, é claro, os afrescos de Frei Confaloni e as exposições", diz.
Um dos destaques, a Torre do Relógio, pode ser acessada por uma escada no estilo art-déco. Além disso, recentemente no local foi inaugurada a Biblioteca Amaury Menezes, com doação inicial de 3 mil livros do acervo pessoal do artista. Na área externa, o visitante pode ver de perto a Maria-Fumaça, que foi um marco para a Capital na década de 1950.
Para o artista plástico PX Silveira, que é biógrafo do artista e representante da família Confaloni no Brasil, o Museu Frei Confaloni é "uma joia do Centro da cidade, da Capital". "Ele tem a felicidade de retratar a vida e a obra de um artista muito importante para nosso estado."
PX destaca que os painéis pintados dentro da antiga Estação Rodoviária representaram para Frei Confaloni a afirmação e a possibilidade de se instalar em Goiânia. "Estes são os primeiros motivos que ele fez, não-religiosos ou de pessoas envolvidas em situações religiosas. Então, é um marco na carreira de Frei Confaloni. São de extrema importância esses dois painéis."
(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
O artista destaca ainda que os afrescos foram restaurados há cerca de 5 anos e fazem parte da história de Goiânia. "Assim como Confaloni faz parte da história de Goiás, por ter sido o introdutor da arte moderna, em 1950, quando veio da Itália", exalta PX.
Sobre a relevância do museu para a cidade, PX ressalta que é uma praça que sinaliza e palpita vida para a cidade inteira através da arte de Confaloni. "Foi um artista e um missionário dominicano exemplar. O museu tem uma arquitetura muito diferente, muito característica, original, e tem tudo para continuar a ser essa joia do Centro", finaliza.
Quem foi Frei Confaloni
Giuseppe Confaloni foi um artista, pintor, desenhista, muralista e professor atuante. Nasceu na Itália, em 1917 e viveu em Goiânia até 1977. Estudou com Felice Carena Baccio, Maria Bacci e Primo Conti, quando entrou para o apostolado e ordenou-se Frei Dominicano, em Florença, na Itália.
Em 1950 viajou para a cidade de Vila Boa, atual cidade de Goiás, para pintar 15 afrescos na Igreja do Rosário. Permaneceu na cidade como pároco e mudou-se para Goiânia em 1952, onde paralelamente à atividade religiosa, se dedicava à pintura.
Considerado um dos pioneiros da arte moderna em Goiás, foi idealizador da Escola Goiana de Belas Artes, lecionou pintura e desenho, além de ser fundador da Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica de Goiás, atualmente Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Faleceu em 1977, deixando grande legado cultural e contribuição incalculável nas artes e na cultura goiana.
Veja um
Tour 360º pelo Museu Frei Confaloni, produzido pela Universidade Federal de Goiás (UFG).
Serviço
Museu Frei Confaloni
Endereço: Antiga Estação Rodoviária - Praça do Trabalhador - Centr0
Funcionamento: terça-feira a domingo
Horário: 8 às 17 horas
Entrada gratuita