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Nova Praça do Trabalhador imprime modernidade a ponto turístico tradicional

Revitalização foi inaugurada nesta semana | 29.09.23 - 08:29
Nova Praça do Trabalhador imprime modernidade a ponto turístico tradicional Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Carolina Pessoni
 
Goiânia - Mais do que um espaço de contemplação, a Praça do Trabalhador, localizada na região central da cidade, carrega uma parcela considerável da história de Goiânia. Na última terça-feira (26/9), uma nova fase dessa trajetória começou a ser escrita, com a entrega da revitalização do espaço.
 
A nova Praça do Trabalhador conta com subestações de energia, iluminação moderna com cabeamento subterrâneo, além de piso drenante, com áreas permeáveis e banheiros públicos de alvenaria. As novas instalações elétricas garantem maior segurança, sem fios soltos entre as bancas da Feira Hippie, que funciona no local há décadas, e 5.837 m² de área gramada para aumentar a permeabilidade do solo. No local também foram plantadas 227 mudas de árvores nativas.
 
Área verde, piso tátil e permeável fazem parte da revitalização do espaço (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
 
Rampas e piso tátil foram instalados para facilitar o acesso de pessoas com dificuldade de locomoção. No espaço está localizado, ainda, o prédio administrativo para a Associação da Feira Hippie, Rádio Hippie e guaritas. Um amplo estacionamento para ônibus, carros de passeio, motos e bicicletas também foi disponibilizado. Um toque de modernidade em um espaço que carrega tanta história. 
 
Durante a inauguração da reestruturação do espaço, o prefeito Rogério Cruz ressaltou que a nova praça é um patrimônio público moderno e de qualidade. "A Praça do Trabalhador é um marco histórico do centro da nossa Capital e ponto cultural dos goianienses, por isso nosso trabalho foi feito com todo o cuidado e com o carinho que esse cartão postal merece", destacou o prefeito.
 

Prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, durante inauguração da revitalização da Praça do Trabalhador (Foto: Jackson Rodrigues)
 
A obra, que começou em 2019, foi finalizada pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), sob contratação da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplahn). “Cuidamos para que o projeto executado fosse funcional, sustentável, seguro, acessível e, claro, muito bonito”, detalha o presidente da Companhia, Alisson Borges.
 
O secretário de Planejamento Urbano e Habitação, Valfran Ribeiro, destaca que além de um ponto histórico para a cidade, a Praça do Trabalhador tornou-se a porta  de entrada de inúmeras pessoas de todo o país que, diariamente, chegam a Goiânia. "É um importante trabalho de resgate daquele espaço, iniciado com a restauração da Estação Ferroviária de Goiânia, e entrega da praça, de novo, ao trabalhador. Além de melhorar a paisagem urbana local, os trabalhadores das feiras Hippie e da Madrugada, que funcionam no local, podem contar com um espaço adequado para trabalharem e receberem seus clientes", diz.
 
Lugar histórico
Um dos mais relevantes pontos de referência do Centro de Goiânia, a Praça do Trabalhador é um local de grande importância histórica para a capital. Para se ter uma ideia, no projeto inicial da cidade, a Avenida Goiás ligava a Praça Cívica à Praça do Trabalhador, local no qual se encontra o edifício da Antiga Estação Ferroviária.
 
 

Praça do Trabalhador e a Antiga Estação Ferroviária (Foto: Dani Garcia)
 
Inicialmente nomeada de Praça Americano do Brasil, em homenagem ao escritor e médico que fez parte da história de Goiás, o local abrigou muitos prédios da administração municipal, como secretarias e a sede da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), companhia responsável pela administração da linha férrea que passava por Goiânia.
 
Até o final de 1950, a praça era apenas um espaço amplo, em frente à Antiga Estação Ferroviária. Entretanto, em 1959, a instalação do Monumento ao Trabalhador no local fez com que a praça fosse refeita, com novos traços de urbanização e paisagismo.
 

Monumento ao Trabalhador (Foto: Reprodução)
 
Os sindicatos passaram, então, a fazer ali reuniões, assembleias e manifestações, principalmente nos dias 1º de Maio. O espaço era também o ponto final das linhas de ônibus da cidade e abrigava a Estação Ferroviária, o que, consequentemente, aumentava a circulação de trabalhadores. Com o tempo, foi-se criando o hábito de chamar o local de Praça do Trabalhador, nome que passou a ser oficial somente em 1990.
 
A construção do monumento contou com a participação do engenheiro Farid Helou, que cuidou do traçado urbanístico do local; Elder Rocha Lima, arquiteto que projetou os cavaletes de concreto para sustentar os painéis; e o renomado artista plástico Clóvis Graciano, vencedor do concurso que escolheu as obras de arte a serem expostas no local.

Manifestação na Praça do Trabalhador (Foto: Reprodução/Relatório "Monumento ao Trabalhador - estudos para a reconstrução")
 
Com a instalação do monumento, o local passou a ser um dos pontos turísticos, juntamente com a Praça Cívica e o Lago das Rosas, inclusive sendo retratado em diversos cartões postais.

Homenagem
Quem visita a Praça do Trabalhador também se depara com um busto em homenagem ao jurista Solon de Almeida, pioneiro que ajudou a mudar a história de Goiânia. Na placa, lê-se: "Pioneiro atuante no projeto e construção desta capital. A ele a gratidão do povo goianiense".
Solon de Almeida: o pioneiro que mudou a história de Goiânia
(Foto: Letícia Coqueiro/jornal A Redação)

Ao lado de Pedro Ludovico Teixeira, Solon estava presente na solenidade que inaugurou a nova capital, realizada em 1935. O ato solene foi realizado no edifício onde funcionou, provisoriamente, a Câmara de Goiânia e a Prefeitura, na confluência das Avenidas Araguaia e Anhanguera.
 
Solon de Almeida era o homem de confiança de Pedro Ludovico, sendo integrante da comissão que instalou a capital. Ele veio para Goiânia antes da cidade começar, em 1932, para legalizar a área onde a nova capital seria construída. "Era preciso legalizar quatro fazendas. Todos os lotes que fossem vendidos ou doados deveriam ter a assinatura dele e do dr. Pedro Ludovico", lembra Cristovam de Almeida, filho de Solon. 

O historiador Wolney Unes confirma esta informação. "Solon foi o primeiro jurista da cidade. Ele foi solicitado por Pedro Ludovico para integrar esse grupo. Como ele tinha terras na região onde seria construída Goiânia, pegou a questão fundiária para resolver e organizou toda a estruturação dessa área. Eram várias fazendas com nomes que estão até hoje pela cidade, como Botafogo, Vaca Brava e Crimeia, sendo que esta última era sua propriedade", explica.

Clique aqui e saiba mais sobre a importância de Solon de Almeida para Goiânia. 

 

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