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Parque de Exposições Agropecuárias: tradição goiana na região central

Espaço está localizado no Setor Nova Vila | 13.06.25 - 17:33
Parque de Exposições Agropecuárias: tradição goiana na região central Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Carolina Pessoni
 
Goiânia - Se Goiânia nasceu junto com o Parque Agropecuário, ele também compartilhou o destino da cidade. Foi criado pelo idealismo da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), nascida junto ao próprio coração da nova capital.
 
“O parque surgiu com o nascimento de Goiânia, assim como a SGPA. Ele é fruto de um ideal compartilhado pelos pioneiros da cidade”, revela Wandell Seixas, autor do livro “História da SGPA” (imagem abaixo), que narra a trajetória da entidade.
 
Seixas destaca o nome de Altamiro de Moura Pacheco, médico, farmacêutico, agropecuarista, empresário e escritor, como um dos personagens centrais nessa história. “Altamiro foi o maestro da agropecuária, da genética, da criação da SGPA. Uma cabeça conquistadora, da Marcha para Oeste. Ele era adversário político de Pedro Ludovico, e apesar das divergências, a história da SGPA se confunde com a história de Goiânia.”
 

Altamiro de Moura Pacheco foi o idealizador da SGPA (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
 
Com o crescimento da cidade, o parque passou de um espaço pequeno na Avenida Goiás, no Centro, para uma entidade importante para o desenvolvimento de todo o estado. “Aquele lugar era distante da região central na época. A SGPA instalou sua sede na Vila Nova em 1952, no mesmo lugar onde está até hoje.”
 
A primeira exposição, em 2 de julho de 1942, teve a presença de 80 criadores e 264 animais. Entre eles estavam 111 da raça indubrasil, 84 gir, 24 guzerá, três nelore, além de muares, equinos e outros. “A ideia da exposição veio porque os pecuaristas queriam marcar presença em Goiânia. Lourival Louza foi um dos grandes promotores da primeira exposição e foi campeão na raça gir.”
 
Em 1945, na segunda edição, o prefeito Venerando de Freitas Borges deu um passo importante para dar ainda mais visibilidade ao evento. “Ele quis mostrar a exposição, ampliar o círculo de conhecimento e demonstração.”
 

Galpões foram preparados para as exposições dos animais (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
 
Com o calçamento das ruas internas pelo engenheiro e criador de gado João Yano, o parque ficou mais amplo e moderno. As barracas dos estados passaram a receber casais de toda a cidade, sendo ponto de paquera e convivência. Os tatersais, específicos para leilões, também marcaram a história do lugar.
 
Com o tempo, o parque se consolidou como um ponto de encontro. Na década de 1970, o governador Leonino Caiado, engenheiro e agropecuarista, deu um grande impulso ao evento. “Leonino visitava exposições em São Paulo, Minas Gerais e principalmente Uberaba, que era a Meca do Zebu. Ele trouxe para cá o que viu de melhor. Isso fez o rebanho de Goiás dar um salto de evolução.”
 
Com ele, o evento passou de um espaço destinado ao gado para um ponto de entretenimento. A tradição das exposições anuais se fortaleceu a partir de 1980, envolvendo toda a cidade. “Outros estados faziam uma por período, e aqui também passamos a fazer todos os anos.”
 
Com o nome oficial de Parque de Exposições Pedro Ludovico Teixeira, e seus 150 mil metros quadrados de área, ele passou também a homenagear o fundador de Goiânia. A SGPA ficou reconhecida pelo seu papel no desenvolvimento do bairro, pelo fomento ao agronegócio e pelo compartilhamento de conhecimento. Palestras, workshops, leilões e a instalação de um Museu do Criador passaram a fazer parte da programação.
 
“A SGPA é fruto de um ideal compartilhado, que atravessou gerações. Começou pequena, mas pelo idealismo de seus fundadores, tornou-se uma instituição importante para o desenvolvimento de todo o estado”, arremata Seixas.
 

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