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João Gabriel de Freitas
João Gabriel de Freitas

Jornalista formado pela UFG e editor do jornal A Redação / joao.gabriel@aredacao.com.br

Bate-pronto

Spaghetti-Western Futebol Clube

Se chover canivetes, guarde alguns nos bolsos | 18.10.11 - 06:17 Antes de mais nada faz-se necessário ressoar, como trilha sonora de fundo para embalar essa crônica, o melhor do mestre Ennio Morricone, aqui:



Em meio aos gramados selvagens da Série B, um Homem chamado Cavalo foi designado para a quase desacreditada missão de tirar o Vila Nova da penumbra. Com poucas opções além do desespero, lançou mão, na linha de frente, dos matadores Jô, Betinho e Roni – no estilo The Good, The Bad and the Ugly (não necessariamente nesta ordem, já que torna-se difícil definir quem melhor se encaixaria no papel do Ugly). Sem misericórdia, todos, seguidos da demais escolta, foram ao chão.

Diante do quadro de terra arrasada, torna-se cada vez mais impreciso saber se ainda há colorados aflitos pela salvação. Nota-se, isso é certo, que muitos já engoliram o filete amargo da esperança. Mesmo ainda restando oito rodadas, sente-se que não há mais brasa para arder diante do breu. Para muitos colorados de pai, mãe e parteira, 2011 chegou ao seu fim no último sábado, encerrado pelos pés do meia paranaense Douglas Packer, em pleno Serra Dourada.

De lá, retornaram caminhando para a casa desalmados, como se sentissem falta de uma parte da existência arrancada. Não brinco. Se ao menos a queda para uma Série C fosse como a morte e, assim, se extinguissem as mil mazelas da alma, conforme dizia o bardo inglês, ao menos algum conforto ela traria. Mas o novo labirinto que se vislumbra soa mais como um purgatório e só piora a auto-estima ao olhar para os lados e se imaginar emparelhado com rivais do calibre de Luverdense-MT, Águia-PA, Madureira-RJ, Macaé-RJ, Caxias-RS, Chapecoense-SC, Brasiliense-DF,  CRB-AL, Ipatinga-MG, outras espécies raras e o renascido dos mortos Santa Cruz-PE. 

Ao torcedor, restará ainda a forçosa missão de se habituar ao nome de arenas como Estádio Índio Condá, Nazarenão, Estádio Passos das Emas, Estádio Zinho de Oliveira, arena Aniceto Moscoso, por onde perfilará o futebol goiano, com um ou quem sabe até dois representantes. Sem pólvora e com as armas falhando, se chover canivetes, guarde alguns nos bolsos. 

Comentários

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  • 18.10.2011 09:40 Rônei da S. Santos

    Tal qual uma casa de táipa debilitada, sem estruturas, jogada ao leo, o Vila tem que ir ao chão. De nada adianta escoras, se os arrebites falam mais que a própria tapera. Que o comodo de táipa caia e dê lugar à estruturas valorosas e robustas! Como entusiasta do futebol goiano, torço para que o Goiás tenha a mesma sorte e renasça. Assim como o Atlético-GO, Fluminense, Vasco e outros renasceram. Parabéns pelo texto! Abraços!

  • 18.10.2011 04:50 Igor Ribas Brandão

    Muito bom, João! Apesar de não ser vilanovense, pude sentir a triste agonia dos colorados como se fosse um de vocês. Tempos melhores virão! Assim parece ser, ao menos para os times que caem, mas não perdem a grandeza. Agora me explica uma coisa, não entendi essa parte do texto: "Mas o novo labirinto que se vislumbra soa mais como um purgatório e só piora a auto-estima ao olhar para os lados e se imaginar emparelhado com rivais do calibre de Luverdense-MT, Águia-PA, Madureira-RJ, Macaé-RJ, Caxias-RS, Chapecoense-SC, Brasiliense-DF, CRB-AL, Ipatinga-MG, outras espécies raras e o renascido dos mortos Santa Cruz-PE. " Não seria essa uma situação mais feliz e acolhedora: estar entre os pares? Abraço!

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Jornalista formado pela UFG e editor do jornal A Redação / joao.gabriel@aredacao.com.br

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