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Beyoncé canta na chuva e empolga fãs no último show da turnê no Brasil

Cantora dançou trecho do ‘Passinho do Volante' | 18.09.13 - 09:30 Beyoncé canta na chuva e empolga fãs no último show da turnê no Brasil Beyoncé "vai pra galera" no meio da chuva e faz show animado e intimista em Brasília (Foto: divulgação)
Yuri Lopes

Brasília - “Se vocês estão na chuva, eu também vou pra chuva”, disse Beyoncé ao chegar em um palco montado no meio da pista premium, depois de If I Were a Boy, a terceira música do show realizado na noite desta terça-feira, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O evento marcou o encerramento da turnê The Mrs. Carter Show pelo Brasil, que contou com apresentações em Fortaleza, Belo Horizonte, Rio de Janeiro (no Rock in Rio) e em São Paulo.

Com mais de uma hora de atraso, o show começou sob gritos que só aumentaram quando Beyoncé surgiu no palco trajando um vestido de pérolas, cabelão amarrado e o mesmo “carão” das outras apresentações. Run The World (Girls) deu início ao que seria quase duas horas de uma sequência de hits de dez anos de carreira solo, com destaque para canções do cd mais recente, 4, lançado em 2011 e que não ganhou turnê por conta da gravidez da cantora, mãe de Blue Ivy Carter.

O atraso foi justificado pela insistência da chuva. “Me desculpem pelo atraso. A gente estava esperando diminuir a chuva, mas não ia ser isso que impediria este show, porque vocês merecem isso aqui”, disse ela enquanto saía do palquinho.

Os movimentos fortes de dança continuaram em End of Time, a segunda da noite. Pausa (e elas foram muitas) para troca de figurino e eis que surge uma Beyoncé vestindo capa, mas não era de chuva, embora a queda de água estivesse constante. Para desespero dos seguranças, a cantora desceu do palco principal, foi até o espaço montado para recebê-la durante as músicas Irreplaceable e Love On Top, debaixo de chuva forte, e de lá cantou a música.

No final, soltou a frase que fez os fãs gritarem ainda mais, reforçando para a cantora onde é que ela tem os admiradores mais calorosos. O título foi reconhecido pela própria no final do show. “Obrigado (estes também foram muitos durante toda a performance)! Me sinto muito honrada por ter feito um dos melhores shows desta turnê. O Brasil é o lugar que eu mais gosto de me apresentar, e vocês sabem disso. Não há nenhum outro lugar com pessoas tão cheias de alegria, coração aberto, força e paixão como no Brasil”, comentou ela.

Get Me Bodied, Baby Boy e Diva vieram na sequência, ainda com o figurino de If I Were a Boy todo encharcado. O palco molhado não atrapalhou a execução das coreografias, todas extremamente bem ensaiadas pelas dançarinas e pelos gêmeos franceses conhecidos como Les Twins.

Um sample de Love To Love You Baby, de Donna Summer, marca a introdução para Naughty Girl. Em seguida, a cantora chama o grupo The Mamas, formado por três mulheres que ajudam a dar potência vocal ao show que não apela ao recurso do playback. As moças são apresentadas e cantam junto com a dona da festa a baladinha Party, faixa de 4.

Com ajuda do público
Um vestido vermelho cheio de fendas é a roupa escolhida para cantar Freakum Dress. Em outros shows, a música antecede I Care e I Miss You, faixas mais românticas e que foram cortadas do show de Brasília. Why Don’t You Love Me, uma das mais animadas, vem em seguida. Esta é uma das músicas que Beyoncé pede ajuda do público para cantar. Aqui ela grita, berra, esperneia, tudo na frente de uma plateia enlouquecida que também gritava, pulava e aplaudia muito.

Pausa na correria para um momento mais íntimo, romântico e “quietinho” no palco. Um solo de piano precede a apresentação de 1+1, com a cantora deitada, sentada e de pé sobre o instrumento. Aqui se vê uma demonstração extrema de sensualidade, potência e controle vocal, entrega sincera de uma artista e a execução de uma das faixas mais íntimas e bonitas já gravadas por ela.

Talvez um dos momentos mais esperados, chega a vez de Irreplaceable. Em uma roupa azul colada e brilhante ela volta ao palco no meio da pista e pede mais uma vez para a plateia ajudar. E o povo ajuda, e bem alto. Tudo o que ela pede os fãs obedecem. Em Love On Top ela “rasga a garganta” e mostra o grande diferencial em relação às outras cantoras pop que lideram paradas de vendas de single ou de rádios.

No telão o público confere um interlúdio de Countdown, que termina com a contagem regressiva na voz de Boyz II Men (donos da faixa Uhh Ahh, que serve de sample para a música de Beyoncé) e que anuncia um dos maiores hits deste século (não é exagero de fã): Crazy in Love. Já no começo da apresentação foi difícil ver a cantora e o grupo de dançarinas no palco, tamanha era a quantidade de câmeras e celulares fotografando e filmando a performance.

“Este show ainda não acabou. Eu disse que o show ainda não acabou”, disse ela para pedir que todos coloquem as mãos para cima, como no clipe da música que apresentou Beyoncé para muitos que não a conheciam antes de 2008, Single Ladies (Put a Ring On It).
Grown Woman, música tema do anúncio Mirrors, da Pepsi, e que não foi lançada oficialmente, chega para dar continuidade ao bloco mais animado do show. A música, o figurino e as projeções no telão, todas de temática africana, anima mesmo sem a plateia cantar em peso.

Homenagem
Se na turnê passada, I Am Tour, Beyoncé homenageava Michael Jackson durante a apresentação de Halo, na Mrs. Carter Tour a homenageada é Whitney Houston. Um trecho de I Will Always Love You, música mais famosa da diva morta em 11 de fevereiro de 2012, antecede Halo, a música escolhida por Beyoncé para encerrar os shows de suas duas últimas turnês.

Depois de Halo, momento que Beyoncé volta para o palco no meio da plateia, pega nas mãos dos fãs, agarra uma bandeira do Brasil jogada por um dos admiradores, agacha e fica bem perto dos fãs, deixa um deles afagar seu rosto e solta mais um dos muitos “Eu te amo”. A cantora não se deixou intimidar pelo tombo que levou por conta de um fã que a abraçou e a puxou do palco no show em São Paulo, no último domingo.

Passinho
Para quem foi aos shows em Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo foi a última música do show. Para quem esteve no Rock in Rio e em Brasília, a cantora mandou soltar o som de Passinho do Volante. O público, que já estava acalmado e ainda emocionado com Halo, começou a pular freneticamente com o batidão do funk carioca. Depois de mais declarações de amor pelo Brasil, Beyoncé apresentou (ao som de Green Light)e pediu aplausos a seus dançarinos femininos e masculinos, a banda, a equipe que trabalhou neste show, a banda The Mamas e a outra banda, também formada só por mulheres. Fazendo coração com as mãos, a musa saiu de cena com um sorriso largo e uma feição de quem, mesmo com a chuva, conseguiu se divertir e encantar as pessoas que quase lotaram o estádio.

Ainda na América do Sul, Beyoncé segue para shows Venezuela, Colômbia, México e Porto Rico. Depois, segue para turnê na Austrália e Nova Zelândia. Os shows seguem para a América do Norte, e a turnê chega ao fim no dia 22 de dezembro, em Nova York.

Mesmo sem faixas recém lançadas e divulgadas com clipes e performances em, programas de televisão, Beyoncé consegue fazer um show bem amarrado, intercalado de sucessos e músicas menos conhecidas, e um “pavê musical” formado por sequências extremamente animadas e momentos mais intimistas e românticos. Quem foi ao Mané Garrincha querendo um espetáculo de entretenimento, não vai poder reclamar do que viu na noite de terça.
 

Comentários

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  • 20.09.2013 09:50 Jerônimo Venâncio

    Dorei! Foi demais, foi incrível! Sem dúvida o melhor da minha vida! Liberté, Egalité, Beyoncé!

  • 19.09.2013 15:36 Jairo Pires

    Descreveu com preciosismo e perfeição todo o show, parabens!

  • 18.09.2013 14:44 Lilian

    Me senti no show! Parabéns pela crítica detalhada!excelente, deu para imaginar a emoção

  • 18.09.2013 10:48 Sérgio

    Ôoooooo realização...! Me senti no show.

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