A Redação
Goiânia - Para muitos brasileiros, um novo ano é sinônimo de mudança de hábitos. É nesse momento que muitas famílias fazem seus planejamentos, traçam novos objetivos, adaptam a rotina e tomam decisões que podem refletir na vida de forma geral, como a mudança de residência.
Encontrar o melhor mês para se mudar deve constar no planejamento. Afinal, isso pode fazer toda a diferença com gastos. Nos primeiros meses do ano, por exemplo, em razão de diversos fatores, o mercado de locação de imóveis costuma ficar bem aquecido. Entre as razões está o início do ano escolar.
Além disso, a renda extra das pessoas no mês de dezembro, vinda principalmente do 13º salário, bônus e participação em lucro de empresas nas quais trabalham, também podem influenciar na escolha pelo início do ano para mudar. Esses valores são um recurso a mais para levantar o capital necessário e investir em um novo lar e iniciar o ano de casa nova.
Também no início do ano, muitas pessoas ainda estão no ritmo de férias. Desta forma, as pessoas têm tempo livre para buscar pelo imóvel desejado. Mas você sabe quais são as características a serem buscadas e adequadas ao seu perfil? São vários os fatores que influenciam nessa escolha.
De acordo com o especialista em mercado imobiliário e sócio-proprietário da
URBS Imobiliária, Ricardo Teixeira, durante o ciclo da vida, cada família se adapta conforme as suas características e isso também se aplica aos imóveis. Por exemplo, uma pessoa recém-formada e que acabou de sair da casa dos pais, provavelmente, não deve buscar o mesmo perfil de imóveis que uma família com filhos.
Para Teixeira, também é necessário considerar pontos que demandam planejamento, como a organização financeira, a localização do imóvel, o tempo disponível para deslocamentos e o conforto do acesso próximo a centros comerciais. “Quando falamos da escolha de um imóvel o primeiro passo é a questão financeira, organizar quanto se pode pagar de parcela e o quanto se pode obter de financiamento. Somando a renda familiar é possível saber que imóvel se pode ter e a partir disso, as pessoas vão ao mercado olhar o que é possível conseguir”, afirma ele.
“Depois temos que analisar o interesse desse cliente. A localização, é claro que importa muito, mas é preciso levar em consideração o perfil dessa pessoa ou dessa família. Isso é o que fará a diferença”, ressalta o sócio da URBS.
Fases e experiências
Para Ricardo Teixeira, de forma geral, as pessoas optam por morar em setores mais estruturados, onde tenham comércios, escolas, o que inevitavelmente também acarreta um custo. No entanto, ele chama a atenção para as possíveis mudanças e upgrades ao longo da vida e a mudança de comportamento em relação aos imóveis.
“Às vezes, naquele momento, de início de vida, com família ainda pequena, é possível que um apartamento menor, porém, mais centralizado, atenda muito bem a dinâmica com um bebê, uma criança ou até um adolescente. Há também a pessoa que está em outra fase e opta por comprar uma casa mais afastada dos grandes centros, por não ter a necessidade de escolas ou uma preocupação menor com o trânsito. Tudo isso tem um custo e precisa ser observado”, diz ele.
Ainda segundo Ricardo Teixeira, há algum tempo as pessoas tinham a ideia de que a casa própria era para sempre, no entanto, esse pensamento vem mudando. “Antes, as pessoas pareciam fadadas a morar para sempre no mesmo lugar. Agora, mesmo comprando um imóvel para o momento atual da vida, o cliente pensa em fazer um upgrade no futuro. Já existe esse pensamento de que o local que ele morava passa a ser uma renda como um bom patrimônio para aluguel, ou então ele pode colocar esse apartamento em um outro imóvel”, explica o especialista.