A Redação
Goiânia - Atualmente, a violência urbana não se limita a horários e nem locais específicos, invadindo residências a qualquer hora. Números divulgados pela imprensa no início deste ano, com base em estatísticas da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP), apontam que o roubo à residencias foi o tipo de crime que mais cresceu em Goiás nos últimos cinco anos, alcançando uma variação de 162,2%. Em Goiânia, nesse mesmo período, o aumento foi de 150,4%; e de 357%, em Aparecida de Goiânia.
Esse é o principal motivo que faz as pessoas, cada vez mais, optarem por apartamentos ou condomínios horizontais fechados, ao invés de casas. É o que explica a corretora e gerente de novos produtos da URBS RT Lançamentos Imobiliários, Nara Cardoso. “Entre os nossos clientes, ouvimos muito esse tipo de depoimento de que as pessoas querem mais segurança, mais tranquilidade. Acho que 40% dos compradores têm a questão da segurança como principal motivo para mudar de uma casa para apartamento”. A gerente explica que para se ter uma casa segura de forma individual demanda um gasto muito grande, nos condomínios esse custo é dividido entre vários moradores e a segurança, muitas vezes, é ainda maior do que numa residência de rua.
A corretora destaca ainda que o item segurança têm tido um apelo cada vez maior na hora da pessoas escolherem um apartamento. “Em Goiânia todos os novos empreendimentos residenciais já são com portaria 24 horas e possuem câmaras de monitoramento. Alguns usam alta tecnologia para levar mais tranquilidade aos seus moradores”, explica.
Quesito segurança
O administrador de empresas Marcos Dias dos Santos, 31 anos, conta que morou a vida toda em casa, mas há três anos, logo quando se casou, resolveu se mudar para um apartamento. Ele diz que o quesito segurança pesou muito na hora de optar por uma residência em um condomínio. “Ha cinco anos minhas duas irmãs foram assaltadas bem na frente da nossa casa. Lá no Independência Mansões, em Aparecida de Goiânia. Mas além disso, todos os meus vizinhos, dos lados e em frente à casa dos meus pais haviam tido suas residências arrombadas”. Por causa dessa experiências de violência, Marcos conta que a mãe e as irmãos preferiram se mudar para a zona rural da cidade de Trindade, e ele e a esposa, decidiram que iriam viver um apartamento.
O empreendimento escolhido foi o Livre Ipiranga, da FR Incorporadora, onde além de uma segurança reforçada, Marcos e a esposa contam com uma área de lazer completa, o que faz com eles não sintam tanta saudade de morar em uma casa convencional. “Para atender justamente esse público que está migrando de casas para apartamentos é que estão surgindo os empreendimentos com conceito de ‘condomínio clube’, que em geral têm uma área de lazer bem maior, com quadra de futebol, piscina, uma sala integrada com a cozinha. Temos também varandas com área gourmet, onde morador pode por exemplo fazer um churrasco, como ele fazia numa casa normal”, destaca Raimundo Nonato Rodrigues Brito, coordenador de produtos da FR Incorporadora.
Menos é mais
O gerente de vendas da Consciente Construtora e Incorporadora, Leandro Baptista, confirma essa tendência das pessoas buscaram cada vez mais apartamentos ou mesmo condomínios horizontais. Ele diz que a sensação de segurança que se tem em um condomínio é um fator que pesa na hora da escolha do imóvel e cita outra vantagem: a possibilidade de dividir os custos de manutenção com outras pessoas. “Numa casa, por exemplo, alguém pode até ter uma bela piscina só para si, mas esse custo da manutenção também é individual. A mesma coisa acontece com a questão de segurança. Fica muito mais em conta o rateio entre os moradores de um condomínio, do que uma pessoa gastar sozinha com isso”, frisa. (Com assessoria)