A Redação
Goiânia - A partir da visão de que Goianésia tem vocação para o agronegócio e para a agricultura, no ano de 2002, nasceu a Goiás Alimentos (Goialli), localizada no município de Goianésia. Após duas décadas, a indústria, que tem destaque nacional, prepara para dar outro salto de desenvolvimento, com a ampliação de sua estrutura e geração de novos empregos mirando o mercado de exportação.
Segundo o presidente da Goialli, Jalles Fontoura, a indústria nasceu com a proposta de gerar valor ao produto, que era plantado em várias regiões do estado de Goiás. “Fomos estimulados por grandes empresários a fazer essa indústria nascer aqui em Goianésia, pois o ambiente era propício e encaramos esse desafio, que traria empregos e desenvolvimento à região”, conta.
Há 20 anos, foi constituída a Goiás Alimentos e, há 18 anos, a construção foi concluída, apesar das dificuldades de financiamento à época. “Começamos a trabalhar fazendo a polpa do tomate, que não tinha uma comercialização fácil, surgiu então a necessidade de criarmos uma marca para distribuir os produtos finais como extrato, molho e polpa, assim surgiu a Goialli”, detalha Jalles, ao relembrar o início da marca que logo alcançou sucesso e passou a ser distribuída para 10 estados.
O presidente destaca que parte do sucesso, deve-se ao fato de o município ter pessoas capacitadas para tocar uma indústria complexa como a de tomate, e mão-de obra especializada. “É uma tecnologia complexa, mais difícil que a pastagem, cana, soja, milho, e a Goialli se consolida a cada dia. Hoje, a marca possui expectativa e perspectiva de crescimento. Estamos preparando para duplicá-la e agora pensamos em exportar o tomate na forma de polpa”, revela Jalles.
De Goiás para o mundo
Em uma época de valorização do agronegócio e sendo um dos setores menos afetados pela pandemia, a indústria alimentícia, a Goialli — que possui um mix variado de produtos, e tem como carro chefe o tomate — mira o mercado internacional. Para isso, o seu processo de produção está projetado dentro dos melhores conceitos industriais existentes no mundo, com qualidade e tecnologia de processos para concorrer nos principais mercados mundiais.
“Temos grandes problemas na Califórnia, por exemplo, que estão impedindo a produção do tomate. Enquanto isso, Goiás é o estado que mais produz tomate no país, cerca de 70% do tomate brasileiro é nosso. Então existe sim, a perspectiva de passar a exportar. Com isso, aumentamos a produção, crescemos, oferecemos mais empregos e pagamos mais impostos. Pensamos sempre nessa função social, somos uma cidade que entende de agronegócio”, garante Jalles Fontoura.
Sempre atenta ao compromisso de agregar valor à economia local, a Goialli também não deixa de lado a preocupação em ser uma empresa sustentável. Os investimentos em tecnologia são contínuos e o uso da biomassa para gerar energia elétrica e trabalhar na indústria, o desenvolvimento de produtos sustentáveis e orgânicos são realidade na Goialli.
Os benefícios do sistema de co-geração de energia projetado para a indústria, utilizando como combustível o bagaço da cana, leva a menores custos de produção, e aproveitamento de resíduos de produção disponibilizados por indústrias de álcool locais. Segundo Jalles, os resíduos industriais são consumidos como adubo na irrigação de áreas cultivadas nas proximidades e como ração animal. A empresa também possui um sistema de tratamento e reaproveitamento de água – Estação de Tratamento de Água (ETA).
Para chegar ao patamar atual, e preparando-se para o futuro, Jalles pontua que a Goialli oferece produtos alimentícios de qualidade observando os aspectos legais, ambientais, éticos e sociais, tendo a satisfação do cliente como fator de sucesso. E o cuidado vai desde os critérios rigorosos na seleção da matéria prima, uso de tecnologia de ponta, rígido controle de qualidade e sem agressão ao meio ambiente. “Seguiremos com a produção de polpas, molhos e extratos derivados do tomate, além de maionese, condimentos e molhos especiais para levar sabor aos consumidores, Brasil e mundo afora”, encerra Jalles.