Mônica Parreira
Com muita comoção, o corpo do cronista esportivo Valério Luiz foi enterrado na manhã desta sexta-feira (6/7). Ele foi
assassinado a tiros na quinta-feira (5), quando saía da emissora de rádio onde trabalhava.
O corpo começou a ser velado ainda na quinta-feira, no cemitério Jardim das Palmeiras. Durante toda a madrugada e a manhã desta sexta, familiares, colegas de trabalho, centenas de fãs, além de autoridades como o prefeito Paulo Garcia, o governador Marconi Perillo e políticos compareceram ao local.
Investigação
Todos os dez delegados da Delegacia Estadual Especializada em Investigações de Homicídios (DIH) estão apurando o crime. De acordo com a delegada titular, Adriana Ribeiro, as testemunhas que presenciaram o assassinato foram ouvidas na manhã desta sexta-feira. Adriana não especificou quantas pessoas foram ouvidas.
A delegada pontuou que o celular do cronista já está sendo periciado e que vai ser requerido o rastreamento de todas as ligações feitas na região onde Valério foi morto. As imagens de pelo menos cinco câmeras de segurança estão sendo analisadas pela equipe da DIH.
Parentes e colegas de trabalho de Valério Luiz também estão sendo ouvidos pela Polícia Civil. O presidente da Associação dos Cronistas Esportivos de Goiás, Romes Xavier, afirmou à imprensa que Valério estava sendo ameaçado por telefone.
Romes disse ainda que a família do cronista comentou que Valério estava querendo deixar a carreira para se dedicar à advocacia. Valério Luiz era especialista em Direito Tributário.
Enterro
O enterro ocorreu por volta das 11h. Inconformado, Mané de Oliveira, pai de Valério Luiz, precisou ser carregado por seus familiares. Entre gritos e lágrimas, o cronista esportivo desabafou: "tenho 45 anos de futebol, nunca vi isso acontecer no Brasil. Quem executou meu filho já é bandido, é um monstro covarde".
Depois, Mané de Olveira fez um apelo aos presentes. "Quero pedir a todos vocês que não deixem o povo esquecer desse crime nas redes sociais e na imprensa", clamou.