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aterro sanitário

Ouro Verde assina TAC e promete reduzir danos ambientais em Padre Bernardo

Pilha de lixo desmorou em 18 de junho | 11.07.25 - 23:24 Ouro Verde assina TAC e promete reduzir danos ambientais em Padre Bernardo Ouro Verde assina TAC e promete reduzir danos ambientais em Padre Bernardo. (Foto: Divulgação Semad)
 
A Redação

Goiânia
- Apesar dos 19 dias de inação, a empresa proprietária do lixão Ouro Verde, em Padre Bernardo, afirmou que a partir de agora vai agir para controlar e reduzir os danos ambientais causados pelo desmoronamento de uma pilha de lixo, que contaminou o córrego Santa Bárbara e o Rio do Sal, no último dia 18 de junho. A promessa foi oficializada com a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) , na noite desta sexta-feira (11/7). 

É que o documento serve como uma espécie de garantia de que a empresa cumprirá com suas responsabilidades dentro de prazos estabelecidos. Isso porque, segundo a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Andréa Vulcanis, desde que o desastre aconteceu, há quase 20 dias, a empresa pouco tem agido para lidar com a situação, obrigando o Estado a intervir no comando de ações de reparação dos impactos ambientais. 
 
“Não havendo resposta, nós vamos assumir, porque nós precisamos tomar essa decisão. Era pra tomar essa decisão hoje, mas como vocês (da empresa Ouro Verde) estão se posicionando de que a empresa vai assumir, estou sugerindo da gente assinar um TAC preliminar”, afirmou a secretária. 

A assinatura do TAC foi bem vista por representantes dos órgãos que compõem o gabinete de crise criado em razão do episódio (ICMBio, Corpo de Bombeiros, prefeitura de Padre Bernardo e Defesa Civil), bem como a Polícia Civil e Ministério Público Federal. 
 
Compromisso firmado
Ao comentar a assinatura do TA, a advogada Ana Carolina Malafaia, que representa a equipe jurídica da empresa informou que algumas das respostas que já foram exigidas pelo gabinete de crise serão repassadas até o dia 9 de julho. “Cronograma de ação, o prazo que vai ser preciso, a forma de atuação, o que a empresa está fazendo para fazer a remediação, enfim, isso tudo já está praticamente pronto, isso já está sendo levantado”, disse a advogada.
 
A secretária reforçou que “não se trata de uma questão de penalidade, mas sim de ação”, já que o lixão pertence à empresa e, portanto, cabe a ela arcar, com a agilidade devida, com todas as consequências ambientais, sanitárias e sociais causadas pela operação ilegal que acontecida no local. Segundo Vulcanis, para que isso ocorra, a Semad e todos os órgãos que compõem o gabinete de crise se colocam à disposição para o diálogo e trabalho integrado.
 
‘Desastre sem precedentes’ 
Vulcanis afirmou que o desastre ocorrido em Padre Bernardo é o maior já enfrentado por ela à frente da Semad desde 2019 e, provavelmente, a maior tragédia ocorrida em Goiás desde o Césio-137, em 1987. Isso porque, o córrego Santa Bárbara e o Rio do Sal foram completamente contaminados pelos resíduos, afetando diretamente famílias da zona rural da cidade, que faziam uso da água para agricultura, criação de peixes e consumo. 
 
Existem ainda outros agravantes, como a existência de lixo hospitalar no local, a contaminação do solo, a transmissão de doenças por conta de moscas e outros animais que circulam a área do lixão, o risco de novos desmoronamentos a partir da chegada do período chuvoso e, ainda, chances de que a água contaminada atinja outras bacias hidrográficas. 
 
“Sem dúvida nenhuma, é o maior (desastre) que a gente já enfrentou nessas condições. É claro que a gente sabe que em Goiânia tivemos o problema do césio, que era um problema muito grave também, causou mortes, impactos ambientais graves, mas do ponto de vista de meio ambiente, de contaminação do território, de afetação da população, é um dos maiores acidentes que a gente já enfrentou”, afirmou a secretária.

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