Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 14º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Saúde

Preservativos texturizados e finos passam a ser oferecidos pelo SUS

Jovens são o foco da ação | 15.08.25 - 14:55 Preservativos texturizados e finos passam a ser oferecidos pelo SUS (Foto: Rosa Rovena/Agência Brasil) São Paulo - Dois novos modelos de camisinha, texturizadas e finas, começaram a ser distribuídas de forma gratuita pelo Ministério da Saúde. A iniciativa tem o objetivo de estimular o uso de preservativos e, assim, reforçar a prevenção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como o HIV, hepatites virais e sífilis. O grande foco da ação são os jovens.

De acordo com a Pesquisa Nacional de Sáude (PNS), de 2019, entre pessoas com 18 anos ou mais que tiveram relações sexuais nos 12 meses anteriores à entrevista, apenas 22,8% disseram usar preservativos em todas as relações sexuais. Outras 17,1% afirmaram usar às vezes, e 59% relataram não usar nenhuma vez.

As camisinhas podem ser retiradas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de todo o País, sem necessidade de apresentação de documentos de identificação. Não há limite em relação à quantidade solicitada. A expectativa é de que 400 milhões de unidades sejam distribuídas até o final do ano. Para Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), a ampliação da variedade de preservativos é um avanço importante para as políticas de prevenção.

"O preservativo, quando usado com consistência, previne 100% a transmissão do HIV e tem um índice bastante alto de prevenção contra outras ISTs. A proteção depende, basicamente, da adesão. Quanto maior a aceitação e a disponibilidade de modelos que proporcionem mais prazer e adaptação, a adesão vai aumentar e nós, obviamente, teremos uma ampliação do potencial de prevenção", pontua.

Os novos produtos têm a mesma eficácia de proteção dos modelos anteriores. Até então, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibilizava dois tipos de camisinha: a externa, feita de látex, e a interna, de látex ou borracha nitrílica. "Oferecendo essas diferentes opções, o SUS atende melhor à diversidade de preferências e necessidades da população. Os preservativos mais finos, por exemplo, proporcionam mais sensibilidade e prazer durante a relação sexual, e os modelos texturizados aumentam o conforto e a satisfação de ambos os parceiros", descreve Naime.

"Isso é importante para reduzir as barreiras de uso, especialmente nas populações mais jovens, que ainda estão se acostumando com o uso do preservativo e associam as camisinhas à diminuição do prazer. Então, essa estratégia é muito importante e um exemplo claro de como estratégias de prevenção podem ser dinâmicas e adaptadas ao comportamento sexual", adiciona.

O MS reforça que o uso de preservativos em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a proteção contra as ISTs. Ele também evita gestações não planejadas. A ação faz parte da estratégia de Prevenção Combinada, que associa diferentes métodos para ampliar a proteção contra ISTs. Além do uso de preservativos, estão: profilaxias pré e pós-exposição (PrEP e PEP), diagnóstico e tratamento do HIV e de outras ISTs, vacinação e ações de promoção da saúde sexual e reprodutiva. (Agência Estado)

Leia mais:
Aparecida recebe exame no SUS para prevenção do câncer do colo do útero
Prefeitura de Goiânia leva vacinação ao Paço para ampliar cobertura
UTI Pediátrica do Hecad passa por reforma para maior conforto dos pacientes

Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351