A Redação
Goiânia - Parte da realidade de 30 unidades da Rede Municipal de Ensino de Goiânia, o projeto Eco Escolas conta, só no colégio Professora Leonísia Naves de Almeida, com a participação de 1,2 estudantes. O número foi divulgado neste domingo (17/8) e, segundo a Sandra Araújo, diretora do local, já é possível observar efeitos práticos da iniciativa que visa, entre outras coisas, conscientizar meninos e meninas sobre o papel da reciclagem.
"O que gastamos com sacos de lixo é muito, porque cada turma produz uma quantidade significativa de resíduo diariamente. Agora, vamos economizar e, ao mesmo tempo, contribuir com o meio ambiente”, afirma Sandra, sobre o projeto do prefeito Sandro Mabel que prevê a coleta seletiva e premiação por desempenho, ajudando ainda a otimizar a rotina interna das escolas.
Na opinião da diretora, o mais valioso, porém, é o que Eco Escolas vem fazendo com a relação entre os estudantes e o meio ambiente. "A gente observa uma participação ativa da comunidade escolar na promoção da sustentabilidade, o que já faz o projeto valer muito a pena".
Cooperativas
Com 21 anos no ramo da reciclagem, o presidente da cooperativa Cooper Rama, Dulce do Vale também é defensor da iniciativa. Ele destaca que no ambiente escolar é possível ensinar sobre a importância da separação dos materiais e fazer com que essa educação se estenda para dentro de casa. Para ela, a iniciativa se soma com a possibilidade de aumento de materiais nas cooperativas.
“É um material que vai chegar com qualidade nas cooperativas e que isso melhora o desempenho do nosso trabalho. Esse pode ser o início para que a reciclagem se torne uma disciplina dentro das escolas. A tendência é aumentar o volume do material que vai chegar às cooperativas e, o que é mais importante, a qualidade desse material, pois não vai vir com nenhum tipo de rejeito. Com isso, traz um aumento no rateio dentro de uma cooperativa e, acima de tudo, esse material deixa de ir para o aterro”, explica.
Na prática
Pelo projeto, que tem como slogan “Reciclando ideias para transformar o futuro”, cada um das 30 unidades escolares selecionadas receberá quatro bags de 2m³, recipientes que serão utilizados para a separação de resíduos recicláveis (como papel, plástico, alumínio e eletrônicos) coletados não apenas pelos alunos, mas por toda a comunidade escolar. A cada bag cheia, a escola recebe um ticket. Ao atingir a marca de 100 tickets, a escola será premiada com um tablet, ou dispositivo similar, incentivando o engajamento coletivo e a cultura da reciclagem.
Para o prefeito Sandro Mabel, o projeto busca promover a mudança de hábitos e comportamentos em relação ao meio ambiente, tanto na escola quanto na comunidade. “Estamos ensinando as crianças a cuidar da cidade, e isso também impacta na administração das escolas. Economia com lixo é recurso que pode ser investido em mais educação e qualidade de vida para os nossos alunos”, pontuou. Titular da SME, Giselle Faria acrescenta que a sustentabilidade é um dos eixos centrais da formação escolar adotada pelo município.