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aterro sanitário

Ouro Verde pede prorrogação do prazo para remoção de lixo em Padre Bernardo

Cerca de 87% da pilha já foi removida | 15.09.25 - 22:25 Ouro Verde pede prorrogação do prazo para remoção de lixo em Padre Bernardo Ouro Verde pede prorrogação do prazo para remoção de lixo em Padre Bernardo. (Foto: Divulgação)
 
A Redação

Goiânia
- A empresa Ouro Verde, responsável pelo lixão de Padre Bernardo, solicitou à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) a prorrogação do prazo para retirar os resíduos que desmoronaram sobre o córrego Santa Bárbara. O prazo original, definido em Termo de Ajuste de Conduta (TAC), se encerrou nesta segunda-feira (15/9). O pedido está em análise.
 
Até agora, mais de 36,7 mil metros cúbicos de resíduos foram removidos — o que corresponde a cerca de 87% do total estimado de 42 mil m³, resultado de mais de 4,5 mil viagens de caminhões.
 
Uma equipe técnica da Semad fará uma visita ao lixão e também à comunidade local na manhã desta terça-feira, 16. O objetivo é verificar a situação da remoção, as condições estruturais e ouvir os moradores, de modo a embasar a decisão sobre o pedido de prorrogação.
 
O lixo retirado está sendo levado para uma estrutura provisória impermeabilizada e drenada. A empresa segue construindo uma nova bacia de contenção de chorume e mantém as bombas de drenagem em funcionamento para evitar que a água do córrego entre em contato com os resíduos.
 
Entenda o caso
O desmoronamento da pilha de resíduos no lixão da empresa Ouro Verde aconteceu durante a manhã do dia 18 de junho de 2025. Funcionários relataram ter percebido horas antes a instabilidade do talude, o que deu-lhes tempo de se afastar e, por isso, não houve feridos. O Estado só soube do ocorrido pela imprensa, porque a Ouro Verde não comunicou a Semad.
 
As primeiras semanas depois da tragédia foram marcadas pela inação dos proprietários do lixão e pela ausência de ações mitigadoras do dano causado. Semad, bombeiros, Defesa Civil, ICMBio e prefeitura de Padre Bernardo se mobilizaram para tomar as primeiras providências enquanto pressionavam a Ouro Verde a se mexer. A Semad aplicou multa de R$ 37,5 milhões e obteve na Justiça o bloqueio de bens.
 
No dia 11 de julho, a empresa aceitou assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), se comprometendo com ações e prazos a serem respeitados dali em diante. Uma dessas ações era recolher todo o lixo que desmoronou sobre o córrego até 15 de setembro de 2025.
 
O lixão não tinha licença ambiental para operar. Ele funcionava graças a decisões liminares concedidas pela Justiça Federal e pela Estadual, que ignoraram pareceres técnicos divulgados pela Semad e os apelos do Ministério Público (tanto Estadual quanto Federal).

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