Adriana Marinelli
Goiânia - A deputada federal goiana Silvye Alves (União Brasil) anunciou, nesta quinta-feira (18/9), que deixará o partido. Por meio de nota, a parlamentar atribuiu a decisão à repercussão de seu voto na PEC da Blindagem, aprovada na terça-feira (16/9), e pediu desculpas publicamente, em vídeo publicado nas redes sociais, por ter cedido a pressões políticas durante a votação.
Silvye explicou que, inicialmente, havia votado contra a proposta que estabelece que deputados e senadores só poderão ser processados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mediante autorização das Casas Legislativas. No entanto, segundo a deputada, após receber ligações de pessoas influentes no Congresso, mudou o voto para favorável à PEC. “Eu fui covarde. Eu cedi à pressão”, disse, ao se desculpar com eleitores pelo episódio. “Eu fui contra tudo aquilo que eu defendo, tudo aquilo que eu acredito”, afirmou, lembrando sua trajetória de posicionamentos firmes quando o assunto é o combate à criminalidade.
A aprovação da PEC da Blindagem ocorreu em dois turnos na Câmara dos Deputados. No primeiro, 353 deputados votaram a favor, 134 contra e houve uma abstenção. No segundo turno, o placar foi de 344 votos favoráveis e 133 contrários, sem abstenções. Todos os 17 deputados federais goianos votaram da mesma forma em ambos os turnos.
Confira nota divulgada pela deputada federal Silvye Alves, por meio da assessoria:
Silvye Alves vai deixar UNIÃO BRASIL após ser coagida em votação
Essa é a intenção da deputada federal Silvye Alves (UNIÃO-GO) após ser pressionada a votar A FAVOR da "PEC da Blindagem". A parlamentar usou as redes sociais na tarde dessa quinta feira pra relatar que durante a votação da PEC chegou a receber ligações do alto escalão pra mudar o voto. Silvye afirma que chegou a registrar o voto CONTRA a aprovação, mas se sentiu pressionada e alterou o voto. Insatisfeita, Silvye Alves vai deixar o partido assim que abrir a janela partidária em 2026. Silvye Alves foi a campeã de votos em Goiás em 2022 pra ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados. "Ninguém tem direito de mandar no meu voto. Fui eleita pelo povo!" destaca Silvye.