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Meio Ambiente

Empresa pede novo prazo para remoção de resíduos em lixão de Padre Bernardo

Semad autorizou prorrogação | 03.10.25 - 15:42 Empresa pede novo prazo para remoção de resíduos em lixão de Padre Bernardo (Foto: Semad)
A Redação

Goiânia - 
A empresa Ouro Verde, dona do lixão em que houve o deslizamento de uma pilha de resíduos sólidos no dia 18 de junho de 2025, solicitou a prorrogação do prazo até o dia 10 de outubro, e pediu até o dia 30 de outubro para executar os demais itens ainda não cumpridos do Termo de Ajuste de Conduta (TAC).  
 
A Ouro Verde argumentou que a geografia do relevo dificultou a operação, e que além disso a quantidade de material a ser retirada aumentou cerca de 30% em razão do uso de terra para conter o incêndio que aconteceu no local no dia 24 de junho, passando de 42 mil metros cúbicos para quase 60 mil metros cúbicos. A Semad acatou a justificativa e autorizou a dilação do prazo. Até o dia 30 de setembro, haviam sido realizadas quase 7 mil viagens de caminhão. Por meio delas, ocorreu o transporte de quase 55 mil metros cúbicos.
 
A secretaria constatou, em visita ao lixão, que o lixo do leito do Córrego Santa Barbara já foi todo retirado e ainda resta uma parcela exclusivamente na grota próximo ao local do deslizamento. Nesse perímetro ainda há instabilidade, o que requer que a operação seja executada com cuidados.
 
Outras ações estão sendo tomadas em conjunto com a limpeza da grota, como a realocação do chorume armazenado, a fim de reduzir dos riscos nessas lagoas, compactação e recobrimento do lixo que está sendo movimentado, construção das drenagens no local de armazenamento provisório, construção de uma nova lagoa de chorume (que será a sexta), entre outros.
 
O lixo removido está sendo acondicionado em uma célula temporária dentro da propriedade, devidamente impermeabilizada. Até o dia 10 de outubro, a Semad planeja elaborar e apresentar um novo documento elencando os próximos passos, ainda emergenciais, que precisam ser dados no sentido de mitigar os efeitos desse desastre.

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Monitoramento da água
No dia 26 de setembro, a Ouro Verde apresentou à secretaria o mais recente relatório de monitoramento de qualidade da água na região vizinha ao deslizamento. A coleta aconteceu em quatro pontos do córrego Santa Bárbara e do rio do Sal posteriores ao lixão. O resultado demonstrou melhora geral no cenário, com redução nos índices de manganês, fósforo, níquel, zinco, fenóis e benzeno. 
 
O manganês, por exemplo, estava em concentrações acima do limite estabelecido pela resolução 357/2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 0,1 mg/L, em todos os pontos analisados anteriormente. Já na medição recente, permaneceu acima nos dois pontos mais próximos do lixão (0,201 mg/L e 0,187 mg/L) e ficou abaixo do teto estabelecido no terceiro ponto (0,09 mg/L).
 
O benzeno permanece em cerca de 0,01 mg/L em todos os pontos de medição, sendo o que o limite é de 0,005 mg/L. 
 
O indicador de fósforo total saiu de índices que chegavam a até 0,097 mg/L para 0,085 mg/L, sendo que a resolução do Conama estabelece o máximo de 0,1 mg/L. 
 
Para o níquel, o Conama diz que o teto em águas doces de classe II é de 0,025 mg/L, e o índice ficou abaixo disso no Santa Bárbara e no rio do Sal - diferente do que havia sido observado na análise anterior (em que se chegou a 0,099 mg/L). 
 
No que diz respeito ao zinco, a resolução Conama nº 357/2005 estabelece que, em águas doces de classe II, o limite máximo permitido é de 0,18 mg/L, e o resultado informado no laudo mais recente mostra valores que não passaram de 0,029 mg/L. As informações sobre presença de fenóis também indicaram que o teto da resolução Conama não foi ultrapassado.


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