Cleomar Almeida
O Tribunal do Júri de Piracanjuba condenou, no início da madrugada desta quarta-feira (5/10), o estudante Marcos César de Oliveira Júnior, 24 anos, a 56 anos e seis meses de prisão, em regime inicialmente fechado. O Conselho de Sentença entendeu que ele matou sua amante, Juliene de Souza Guimarães, 26 anos, e o filho que teve com ela, Nicolas de Souza Guimarães, de apenas oito meses, além de ocultar os corpos. Contratado por Marcos César para ajudar na execução de mãe e filho, com golpes de barra de ferro, Fernando Fernandes Alves foi condenado a 59 anos de prisão, a serem cumpridos da mesma forma.
Os crimes foram praticados em 9 de fevereiro de 2009, na Fazenda Pirapitinga, situada no município de Piracanjuba. De acordo com a denúncia, Juliene e Marcos César tiveram um relacionamento, sendo que ele já era comprometido, e ela engravidou. Com a ajuda de Fernando, Marco, então, arquitetou a morte da mulher e do bebê para não assumir a paternidade nem pagar a pensão alimentícia.
Presidido pelo juiz Rozemberg Vilela da Fonseca, o Conselho de Sentença, formado por cinco homens e duas mulheres, acatou tese do promotor de Justiça Keller Divino Branquinho Adorno. Ele argumentou que os réus cometeram duplo homicídio, triplamente qualificado – motivo fútil, crime cometido de forma dissimulada e mediante pagamento. Para a acusação, os dois também cometeram o crime de ocultação de cadáver.
Os advogados Carlos Alberto Teixeira de Arrais Menezes e Carlos Cruvinel, responsáveis pelas defesas de Marcos César e Fernando, respectivamente, disseram que vão recorrer da sentença. Eles alegaram que não houve tempo suficiente para defender os réus. Também afirmaram que o magistrado não dosou as penas de forma correta.
O julgamento, que teve início às 8 horas de terça-feira (4/10), só terminou à 00h45 de quarta-feira. A sessão foi acompanhada por familiares das vítimas e dos acusados.
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