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Exames grafotécnicos

Laudos comprovam que padrasto escreveu bilhetes com ameaças para Loanne

Os dois foram encontrados mortos em dezembro | 04.02.14 - 16:56 Laudos comprovam que padrasto escreveu bilhetes com ameaças para Loanne (Foto: reprodução/Facebook)
Adriana Marinelli

Goiânia
Encontrada morta em dezembro do ano passado em Pirenópolis (GO), a estudante Loanne Rodrigues da Silva Costa, de 19 anos, chegou a receber cartas contendo ameaças.

De acordo com a Polícia Civil (PC) da cidade, que divulgou os resultados dos exames grafotécnicos - que analisam a escrita -, o autor dos textos foi o garimpeiro Joaquim Lourenço da Luz, de 47 anos,  padrasto da jovem e suspeito do crime, também encontrado morto junto com Loanne no dia 17 de dezembro.

Os dois estavam amarrados a uma árvore e, conforme aponta laudo divulgado pela polícia, ambos morreram com a explosão de dinamites.

Investigação
Em entrevista ao jornal A Redação, na tarde desta terça-feira (4/2), o delegado Bruno Costa e Silva, titular do Distrito Policial (DP) de Pirenópolis (GO), informou que o resultado do exame grafotécnico deu positivo e que a letra de um bilhete com ameaças a Loanne é mesmo de Joaquim. "Na realidade, uma carta e dois bilhetes foram analisados e todos têm a mesma letra", diz.

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A estudante de enfermagem teria recebido a primeira carta no ano passado, depois de ter sido agredida com um golpe na cabeça ao voltar de uma festa. A jovem chegou a ser levada para o Hospital de Urgências de Anápolis (Huana), mas nunca soube informar quem teria sido o autor da agressão.

Um Boletim de Ocorrência chegou a ser feito, mas o caso nunca foi esclarecido. Na carta, segundo a polícia, há várias frases de ameaça. "Vou estar sempre perto de você em toda festa, o inferno te espera", diz o texto. 
 
Meses depois, Loanne encontrou um bilhete em seu quarto. Conforme destacou o delegado á reportagem do AR, no papel tinha a assinatura do padrasto da jovem, que, na carta, criticava a nova cor de cabela da estudante. "Ele dizia que não tinha gostado do novo visual."
 
Um outro bilhete, que Joaquim teria entregue à companheira dele e mãe de Loanne, Sandra Rodrigues da Silva, 37 anos, também foi analisado. "Nesse bilhete ele parecia se despedir, já que pedia para ser enterrado junto com a bandeira do Flamengo", completa o delegado Bruno.
 
Ainda de acordo com o delegado responsável pelo caso, para a realização dos exames grafotécnicos foram utilizados cheques assinados por Joaquim e notas promissórias. "Não há dúvidas, os bilhetes contendo ameaças foram escritos por ele", garante o titular do DP da cidade.
 
Questionado sobre a conclusão de outras análises, principalmente relacionadas ao líquido de uma garrafa encontrada no local do crime, o delegado, que assumiu o caso recentemente, preferiu não se manifestar. "Ainda não temos os laudos e, para falar sobre isso, é necessário que tudo seja periciado com muito cuidado", explica.
 
Até o momento, todas as evidências apontam Joaquim como o autor do crime. A principal linha de investigação da polícia é que, motivado por ciúmes da estudante, o padrasto de Loanne tenha a matado e cometido o suicídio ao ativar a dinamite.
 
Mais suspeitas
Também conforme informou a Polícia Civil, Joaquim teria forjado a cena do crime. O objetivo era que o caso fosse investigado como duplo homicídio pois, neste caso, o filho biológico dele teria direito a um seguro de vida no valor de R$ 30 mil, contratado em novembro de 2013, quando ele já estaria preparando a execução de Loanne. 

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