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Medicina

Goiânia é referência no tratamento da dependência de opióides no Brasil

Método é desenvolvido por Andre Waisman | 03.12.22 - 11:58 Goiânia é referência no tratamento da dependência de opióides no Brasil (Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)
A Redação

Goiânia -
 Goiânia é a única cidade no país com médicos oficialmente autorizados pela ANR (Accelerated Neuro Regulation) a oferecer o método Waisman como oportunidade de cura a viciados em opióides no Brasil. “Todos os doentes internados recebem alta sem a dependência e abstinência. Ficam limpos e sem ânsia”, afirma o médico Hélio Vilaça, um dos responsáveis pelo tratamento em Goiás. O método desenvolvido pelo médico Andre Waisman visa curar a dependência em 36 horas de internação.
 
A prescrição inadequada de analgésicos opióides para o controle da dor e o aumento de pacientes dependentes desses narcóticos têm preocupado os médicos e gerado um temor de que o Brasil possa enfrentar uma "epidemia" de abuso dessas substâncias, como as registradas nos Estados Unidos nos últimos anos. “O mais grave é que os opióides causam dependência como as drogas ilícitas e seu consumo em altas doses pode levar à morte”, afirma o médico anestesista, Francisco Baía, também responsável pelo método em Goiânia. 
 
Opióides são um grupo de medicamentos que atua nos receptores opióides em vários locais no organismo, desde o sistema nervoso central a diferentes órgãos, e ajuda na diminuição da dor. Inclui-se na lista desses medicamentos o Tramal, Fentanil e a Morfina. Apesar de agirem na diminuição das dores, os opióides atuam também no sistema respiratório e, em altas doses, provocam overdose e parada respiratória. Além disso, de acordo com os médicos, o vício provocado pela medicação aumenta os índices de depressão e suicídio. 
 
A luta contra o vício de opióides vai muito além da força de vontade. A abstinência da medicação provoca reações físicas como vômitos e diarreia. Segundo o médico Hélio Vilaça, muitos dos que tentam se desintoxicar não conseguem passar pela crise de abstinência. “Ou, quando passam, acabam voltando ao vício”, relata.
 
A diferença do método com outros tratamentos de dependência química é que a cura vem com 36 horas de internação. O processo envolve a Neuroregulação, à base de naltrexona, e age diretamente no cérebro. “O objetivo é restabelecer a produção de endorfina a bons níveis em menos de dois dias e não em duas semanas”, informa Francisco Baía.
 
Todos os pacientes internados recebem alta sem a dependência. Ficam limpos e sem ânsia. A reincidência no vício, neste caso, segundo o  médico Hélio Vilaça se torna uma opção.  “Realizada a neurorregulação o paciente é neuro regulado e o retorno ao uso dessas substâncias é uma questão opcional, não mais uma necessidade fisiológica”, conclui. 
 
Atualmente o tratamento é realizado apenas na rede particular, mas os médicos esperam que, no futuro,  esteja disponível também no Sistema Único de Saúde (SUS) e que receba cobertura dos planos de saúde, democratizando o acesso à cura da dependência em opióides. 
 

Comentários

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  • 27.06.2023 12:03 Ricardo Santos

    26 JUN 2019 26 DE JUNHO – DIA INTERNACIONAL DE COMBATE ÀS DROGAS O dia 26 de junho marca a data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Dia Internacional de Combate às Drogas, quando ocorrem ações de conscientização contra o uso de drogas ilícitas. Aproveitamos a ocasião para focarmos na faixa etária de jovens e adolescentes, pois o uso de drogas, além de tantos outros problemas, os deixa mais vulneráveis às DST´s (doenças sexualmente transmissíveis) e às gravidezes não planejadas. Segundo pesquisa do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), 25% dos jovens até 17 anos já experimentaram o tabaco, 20% a maconha, 6% o crack e 60% o álcool. Outra pesquisa, do IBGE, realizada com alunos do 9º ano do ensino fundamental, apontou que os jovens estão tendo acesso cada vez mais precoce às bebidas alcoólicas e às drogas ilícitas. Mais da metade dos entrevistados (55%, ou 1,44 milhão de alunos) relataram já ter tomado ao menos uma dose de bebida alcoólica. E 9% dos alunos, ou 236,7 mil estudantes, revelaram ter experimentado alguma droga ilícita. Ou seja, o momento da iniciação na bebida alcoólica é um dos pontos mais preocupantes. Para combater o problema, os pais, mais do que nunca, devem estar perto dos filhos e discutir este assunto em cada oportunidade, pois estudos mostram que a discussão do assunto das drogas nas famílias consegue a diminuição em torno de 60% a experimentação do álcool, tabaco, maconha e crack por parte dos jovens. O papel da escola também é muito importante principalmente para esclarecer sobre o assunto. E cabe aos pediatras um diálogo aberto e franco com o paciente e seus pais em função do vínculo já construído, sendo destacado o importante papel desse médico nas práticas educativas e preventivas Com essa força tarefa conjunta, manteremos as drogas, lícitas ou ilícitas, bem longe de nossos adolescentes. https://clinicarevivendovidas.com.br/

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