Domingos Ketelbey
Goiânia
Domingos Ketelbey*
Goiânia - Ao final do confronto entre Argentina e Holanda, minha memória voltou 16 anos atrás, e me recordei da semifinal disputada entre Brasil e a mesma Holanda, na França, na Copa daquele ano.
Na realidade, eu me recordo sempre daquela partida. Dificilmente eu verei um jogo de seleção brasileira tão emocionante quanto aquele. Tanto o Brasil como a Holanda estavam jogando dispostos a ir para a final. Um futebol ofensivo dos dois lados e muito bem posicionados defensivamente. Taffarel e Van der Sar trabalharam bastante.
Ronaldo marcaria no começo do segundo tempo, e pra esquentar tudo, a Holanda, com Kluivert empataria 5 minutos antes do fim da partida.
Na época, a FIFA adotava o gol de ouro na prorrogação deixando as partidas com ânimos à flor da pele. Quem marcasse automaticamente eliminaria a outra equipe. Mas isso não aconteceu. O gol de ouro não veio, não houve “morte-súbita”, e uma prorrogação emocionante terminaria, levando o jogo aos pênaltis.
O jogo de quarta-feira (9/7) nem de longe foi tão emocionante quanto ao de 16 anos atrás, mas teve uma crucial similaridade: os pênaltis.
O Brasil converteria os 4 pênaltis batidos. E um dos melhores goleiros que vi em atuação, Taffarel, defendeu, em sequência, dois pênaltis, levando o Brasil à sua sexta final de Copa do Mundo.
Da mesma forma, na tarde desta quarta (9/7), a Argentina conseguiu sua classificação. Romero fez duas defesas importantíssimas para o 4×2 Argentino que levou nossos hermanos à sua quarta final em mundiais.
A partida final de 1998 todos sabem como foi. Os que viram se lembram até hoje. Os mais novos ficaram sabendo que Zidane e seus companheiros massacraram o Brasil. Foi uma derrota difícil de digerir.
As coincidências acabam por aqui, mas faço um pedido aos Alemães: por favor, sejam a França de 1998 para os Argentinos!
Veja o vídeo daquela semifinal de 1998, com Brasil e Holanda indo para os pênaltis:
*Domingos Ketelbey é publicitário.