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Fred Pacheco

A morte de Eduardo Campos e o apagão de lideranças

| 15.08.14 - 14:28
Eu não era eleitor do Eduardo Campos, mas lamentei profundamente a sua morte. Primeiramente, por ser o desencarne de um ser humano. Mas também porque o Brasil perdeu uma jovem liderança política no momento em que estamos vivendo, cada vez mais, um cenário de escassez de lideranças tanto na política, como nas empresas, organizações não governamentais, movimentos culturais, escolas...
 
Vemos grandes empresas assustadas com o apagão de talentos para liderança e o mercado pagando cada vez mais caro para os profissionais que sabem liderar. Liderar é mais do que apenas ter carisma ou conhecer do trabalho técnico. Liderar é usar de empatia para entender o outro, é ter habilidades de relacionamento interpessoal, é saber negociar e envolver as pessoas, é saber treinar e fazer das pessoas algo melhor, é mostrar um caminho e conseguir mobilizar os demais para que juntos possam alcançar aquele objetivo da melhor forma possível.
 
É preciso se preparar, estudar, ser orientado e viver as situações diversas vezes para conhecê-las. Enfim, é preciso tempo e experiência para se tornar um líder completo. Eduardo Campos se preparou: vindo de uma família de políticos, foi educado desde novo para seguir este caminho,foi guiado por seu avô e passou por diversas posições políticas para ganhar experiência. Subiu os degraus gradativamente até se tornar governador e poder articular uma base de apoio para lançar-se candidato ao cargo máximo do país.
 
Mas temos poucos líderes preparados desta forma no Brasil. Parece que a nova geração não tem mais paciência para se preparar desta forma e chega com a ânsia de começar por cima. Atualmente, quando um jovem sem experiência entra em uma empresa, ele já tem planos de tornar-se diretor em três anos e presidente em cinco. Mas não é assim que as coisas funcionam. Tornar-se líder requer dedicação e paciência. Nada substitui a experiência e a vivência prática de diversas situações para apender a lidar com as pessoas e aprender a ter diplomacia e ser político (seja na vida pública ou na iniciativa privada).
 
*Fred Pacheco é Professor de Pós-Graduação e Especialista em Liderança e Gestão de Equipes

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