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Sílvio José

Anel Viário: O que tem avançado é o risco de acidentes

. | 29.06.16 - 07:50
Goiânia - O Anel Viário de Goiânia, belo projeto para interligar rodovias no entorno da capital e desafogar o tráfego, especialmente, de veículos pesados no perímetro urbano da cidade, começou a ser construído no já distante ano de 1996 – seriam 80 quilômetros - foi paralisado em 2001, teve sua morte decretada pelo governo federal em 2011, e em 2014 mostrou sinais de que poderia ressuscitar, modificado e diminuído, em uma parceria entre governo de Goiás e União. Inclusive, com a previsão de cinco anos para a sua conclusão. De lá para cá, se foram dois anos e nada de avanço do processo de construção da nova obra.
 
Semana passada, o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, trouxe boas-novas sobre o assunto. Garantiu, em reunião com o governador Marconi Perillo, no Palácio das Esmeraldas, que as obras do trecho que compreende o desvio da BR-153, chamado Anel Leste, começarão em março do ano que vem.
 
Mas em meio a enxurradas de anúncios e lançamentos de obras alardeados pelos governos,  que tantas vezes só ficam  na conversa, há de se fazer um descomunal esforço para acreditar que a "garantia" do presidente da ANTT será cumprida na data estabelecida. A torcida é para que sim, obviamente. Nunca na história desse país se institucionalizou tanto o não cumprimento de compromissos e prazos marcados. Prometem, fazem festa para anunciar um projeto, uma obra,  que nem começam, em várias situações, e quando iniciam, logo paralisam, deixando a comunidade com cara de palhaço.
 
No caso do trecho construído - da proposta original-, de grande movimento rodoviário e de pedestres, o que tem avançado é o risco de acidentes.  A deficiente sinalização e a falta de iluminação na maior parte do percurso têm sido as principais causas de desastres, muitos resultados em mortes,  naquela extensão  de 18 quilômetros,  da BR-153 à BR-060, que atravessa áreas urbanas populosas de Aparecida de Goiânia e da capital.
 
Se antes, ou pelo menos, paralelamente às discussões sobre o novo projeto do anel viário, houvesse atenção para a devida conservação, manutenção e melhoria das condições do trecho existente, seria o mínimo para resolver  grande número dos problemas de segurança naqueles locais. Uma medida passando da hora é a instalação de redutores eletrônicos de velocidade, há muito, imprescindíveis naquela pista de rodagem. 
 
Nas eleições passadas, ouviu-se bastante de situacionistas, oposicionistas e oportunistas, promessas de viabilizar a iluminação completa daquele trajeto. Ouviu-se. Não se viu para que se pudesse crer.  Atualmente, a iluminação pública existente atende menos da metade da distância, uns oito quilômetros e meio, alternadamente, na região dos bairros  Papilon, Mansões Paraíso, Cidade Vera Cruz, Garavelo Park, Garavelo, Center Vile e Moinho dos Ventos.
 
Na verdade, o ideal mesmo seria  uma iluminação nos moldes das que o governo de Goiás colocou na BR-153 e nas saídas de Goiânia pelas rodovias estaduais. Aliás, houve muita expectativa de que o governador Marconi Perillo contemplasse o anel  com tal benefício.
 
Apesar do ceticismo que paira hoje em dia sobre os eleitores, num ano eleitoral muita coisa quase impossível pode acontecer - o que está mudo pode falar e o que se encontra parado pode andar. É um momento muito propício para exigir dos atuais mandatários e dos candidatos, a consideração e ação necessárias para a  resolução das questões básicas de segurança do que há do Anel Viário, que, lembram? A princípio, seria de 80 quilômetros. Ainda mais quando se reacende a conversa quanto ao início da construção do desvio da BR-153. E nesses tempos de sucessão municipal, a pressão da população pode ser decisiva.
 
*Sílvio José é jornalista

Comentários

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  • 30.06.2016 13:15 wellington peres

    O que acho mais urgente é o desvio da 153 tirar a BR da onde ela está e desviar ela de Goiânia deixando ela só para os que pretendem acessar a capital.

  • 30.06.2016 10:09 Silneir Mendonça

    Matéria muito pertinente sobre o "esquecido" anel viário. Lamentável o descaso das esferas políticas do nosso país, onde obras ficam inacabadas por muitos anos e outras são simplesmente abandonadas. E o mau uso do dinheiro público causa prejuízos muito além dos financeiros.

  • 29.06.2016 19:29 Vibia Camargo

    Realmente, momento oportuno para refletirmos nas escolhas e cobrarmos ações. O Anel Viário é uma obra importante e urgente. Sinalização e iluminação são imprescindíveis e ainda mais urgentes. Como moradora da região, sinto na pele a necessidade do olhar do poder público para o Anel Viário.

  • 29.06.2016 14:47 ALESSANDRO DA CUNHA SOUSA

    Bom texto. Esclarecedor. É lamentável a falta de compromisso dos políticos com a população. Estou desapontado com nossos atuais gestores públicos. Não tem um que se salve!!!

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