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Ricardo Santos

Encare a crise como uma oportunidade de ir além

| 15.07.16 - 12:28

Goiânia - As incertezas políticas e econômicas que vem assolando o Brasil, principalmente nos últimos dois anos, resultaram em estatísticas negativas, que na prática afetaram milhares de pessoas em todas as regiões do País. A população desempregada já chega a 11,4 milhões, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, e os jovens entre 14 e 24 anos são os mais prejudicados pelo desemprego. Porém, mais que números, esses dados revelam uma reação em cadeia, pois ao prejudicar a vida de uma pessoa, ocorre ao mesmo tempo o impacto na realidade de outra e, assim, sucessivamente.  
 
O que fazer, então? Parar e lamentar, cair no choro? Por mais difícil que seja - já que quem passa por situações assim também fica com o emocional abalado -, a única solução é arregaçar as ‘mangas’ e buscar alternativas para driblar as dificuldades. É aproveitar o momento para ‘vender lenços’ para aqueles que escolherem chorar. Mas como isso é possível? Em períodos como esses, cheio de particularidades e desafios, uma série de oportunidades surgem. Alguns podem ver como mera solução criativa, mas no mundo dos negócios chamamos de inovação. E para tempos como este, inovar é uma boa, quer dizer, excelente opção.
 
De acordo com informações do Serasa Experian, em 2015 houve um aumento de 5,3% no número de empresa abertas, ou seja, um total de 1.963.952 novas empresas em todo País. Já no início de 2016, logo em janeiro, foram abertas 166.613 empresas, o que representa um aumento de 48% comparado a dezembro. Em fevereiro foram abertas mais 165.028 empresas e no acumulado do primeiro bimestre de 2016 houve uma alta de 12,2%.
 
Quanto ao perfil de empresas abertas, os Microempreendedores Individuais (MEIs) representam a maior parcela: pouco mais de 75% das empresas abertas no primeiro bimestre de 2016 são MEIs. E o setor de serviços é o que possui maior quantidade de novas empresas, cerca de 62% do total. Estes números demonstram que muitos estão investindo em seu próprio negócio como alternativa durante a crise. Dentro das empresas, a inovação também emerge como solução para geração de novas ofertas, ampliando portfólios com o objetivo de manter o negócio. 
 
Para empreender e inovar é preciso estar atento a dois importantes fatores. O primeiro é acompanhar e conhecer o mercado no qual deseja atuar. Neste caso, além de compreender as regras e particularidades do mercado, é necessário também verificar as necessidades dos consumidores de maneira a gerar um novo produto ou serviço, ou até mesmo uma nova maneira de entrega de um produto ou serviço já existentes. A ideia é se diferenciar do mercado.
 
O segundo fator é se preparar para atender aos novos consumidores. É importante compreender que gerar uma nova demanda exigirá capacidade técnica e de gestão para sustentar o novo negócio. O empreendedor precisa se capacitar para fazer o negócio crescer. A realidade é que momentos de crise, como o atual, nos forçam a buscar alternativas, seja para o crescimento de uma empresa ou para a construção de um novo negócio. Encare a crise como uma oportunidade de ir além.
 
*Ricardo Santos é presidente da Associação de Jovens Empreendedores e Empresários de Goiânia (AJE Goiânia)
 

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