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Alexandre Prudente

Restabelecer a Ordem

. | 29.11.16 - 16:33

Goiânia - A rotineira busca pelo poder a qualquer custo, tanto percebida nos investigados pela operação Lavajato, parece ter seus seguidores em Goiás. Para ganhar, vale violar a lei, a regra, e depois fazer de conta que nada aconteceu,  pois o grande número de votos neutralizaria a violação precedente.
 
Não se trata aqui de política partidária, mas de política classista, no caso, adotada pelo que parece com fervor pelos dirigentes da OAB Goiás, com ampla aceitação pelo seu Conselho Federal.
 
É que, como amplamente noticiado e comentado, no final da semana que se passou, mais uma vez, a Justiça Federal, considerando ilegal a decisão da OAB Federal que julgou pela legalidade da eleição da chapa vencedora ao último pleito do Conselho Seccional da OABGO, determinou a realização de novo pleito. 
 
Em “nota de esclarecimento”, a diretoria da OAB\GO, ainda que na defesa duvidosa da chapa vencedora, passa longe de fazê-lo juridicamente, mas, atacando a chapa adversária e impetrante da medida judicial, alinha-se com essa nefasta cultura de poder a qualquer custo.
 
Se assim o fosse, deveria a própria OAB voltar ao Congresso Nacional e pedir que se revogue a Lei Ficha Limpa, cuja aprovação pela qual tanto batalhou, exige, justamente, que se respeitem as regras eleitorais para ser candidato e tentar ser eleito, independentemente do seu número de votos e popularidade.
 
Em suma, ainda que me recaia a suspeição, mas independentemente da posição eleitoral, a favor ou contra a chapa que se sagrou vencedora nas últimas eleições para a OAB/GO, fico na crença de que o CFOAB e a OAB/GO, não deixaram importante questão a cargo do judiciário e ao invés praticarão, internamente, o que cobram externamente daqueles que exercem política partidária: legalidade e impessoalidade.
 
E, decidindo-se que a OAB/GO está sendo administrada por um grupo que não respeitou a lei para se eleger, não importando se com estrondosa votação, que se aplique a lei, de forma impessoal e com respeito ao quanto já decidido pelo CFOAB em outras situações idênticas. 
 
Enfim, que se aplique, às eleições na OAB/GO, a mesma "lei" aplicada a todos os demais advogados que concorreram aos pleitos de 2015, em todo o país. É isso que a advocacia espera e exige. É isso que a sociedade aguarda da OAB. O restabelecimento da ordem.

Alexandre Prudente é advogado
 

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