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Viviane Guimarães

A importância do envolvimento emocional do pai na educação dos filhos

| 02.12.16 - 13:28

Goiânia - Recentemente, uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford, nos Estados Unidos, encontrou resultados significativos demonstrando o quanto a presença afetuosa e confiante do pai durante o desenvolvimento da criança pode evitar futuros transtornos e conflitos para esta. Essa pesquisa nos remete a uma mudança importante que vem ocorrendo em nossa cultura nos dias atuais: qual o papel e atitudes que se devem esperar dos pais na hora de educar os filhos?
 
Há bem pouco tempo, o papel do pai na educação dos filhos estava estritamente ligado à força, à lei e à disciplina. O homem era visto como o consolidador das regras e para tal deveria apresentar dentro do ambiente familiar um postura firme, rígida, exigente e, de preferência, isenta de afeto. O carinho e as emoções ficavam exclusivamente para o papel da mãe.
 
Chorar? Jamais, homens não choram. Abraçar, ser carinhoso, fazer declarações de amor e afeto eram todas atitudes vistas (e ainda o são em algumas famílias) como sinais de fraqueza e que poderiam ser interpretadas pela criança como falta de controle. Freud, em seus estudos, chega a declarar que o homem entraria na relação com os filhos com o papel e a imagem do “castrador”, a figura imponente da lei.
 
Contudo, e felizmente, isso vem mudando radicalmente. E não que o homem deva deixar de representar o papel da força e da disciplina dentro do lar, isso não pode ser perdido! Ser o instituidor de regras (papel que também a mulher deve exercer) não exclui a possibilidade, ou melhor, a necessidade, de que este mesmo homem demonstre seus sentimentos de doçura, ternura e amor.
 
Afeto, abraços, carinhos e a capacidade de chorar são características que devem existir dentro de ambos os papéis, pai e mãe, na hora da educação da criança. Homens choram sim! Homens amam, sentem, se decepcionam e sofrem e isso não exclui sua força, sua virilidade e a ordem que devem estabelecer na família.
 
É de uma beleza majestosa ver um pai exercendo seu papel disciplinador, com um sorriso no olhar e motivando seus filhos com palavras firmes, mas dotadas de amor e compreensão, destacando neles sua força e não seus problemas, com críticas duras e pesadas, apenas para manter sua posição puramente de “castrador”.
 
Amor e limites são componentes essenciais na hora de educar os filhos. Amor em primeiro lugar, mas sempre acompanhado da imposição de regras. Disciplina com e por amor, esse é o segredo!
 
Filhos educados por pais presentes e que não têm medo de demonstrar seus sentimentos, sendo amorosos e afetuosos, sem jamais perder a força para determinação das regras e da lei, com certeza serão emocionalmente mais estáveis no futuro.
 

*Viviane Guimarães é psicóloga, especialista em Relacionamentos e Gestão de Conflitos e palestrante
 

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