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Gilvane Felipe

Os novos rumos da cultura no Estado

Recriação da Secult é avanço histórico | 14.02.12 - 12:18

Vivemos em  um mundo de fortes e rápidas mudanças. Hoje se vive o dobro do tempo que há duas gerações, em um cenário em que a evolução das ciências, comunicações, transportes, informática e distâncias se reduzem cada vez mais. 
 
Nesse sentido, é particularmente dramático o desaparecimento de línguas e dialetos, de modos de vida seculares e de uma intricada rede de relações elaborada ao longo de milênios entre a diversidade cultural e a biodiversidade. Costumes centenários são modificados, perdendo-se elos importantes que as civilizações teceram ao longo de suas histórias.
 
O Estado de Goiás experimenta um momento especialmente vibrante, que pode acelerar ainda mais essas tão fluídas transformações. Por isso, precisamos estabelecer marcos legais suficientes para aproveitar as grandes oportunidades que surgem e ao mesmo tempo atender às necessidades das mais altas responsabilidades.
 
A recente recriação da Secretaria de Estado da Cultura (Secult-Goiás) pelo governador Marconi Perillo vem cumprir este importante papel, o de assegurar a perenidade das políticas públicas de cultura como políticas de Estado, com grau cada vez mais elevado de participação e controle social. 
 
A Secult Goiás pretende ser um elemento de articulação entre tradição e inovação; facilitador e fomentador das relações entre artistas, gestores, produtores e público; revalorizador dos tecidos culturais dos nossos territórios; estimulador de cidades criativas; e catalisador da nossa economia criativa.
 
Além disso, a secretaria surge completamente alinhada com a política que o Ministério da Cultura (MinC) vem adotando, dentro da concepção das três dimensões da cultura: o valor simbólico, a construção da cidadania e a economia da cultura, numa ação de fortalecimento institucional com a estruturação do Sistema Nacional de Cultura. É a garantia de fortalecimento no nosso relacionamento com o país, numa ação integrada, planejada, pactuada e complementar.
 
Dentro destas concepções, temos sido parceiros e buscamos a implementação efetiva do Sistema Nacional de Cultura em Goiás que, além de tudo já citado, permitirá e facilitará a captação de recursos transferidos de fundo a fundo entre o Estado e União. 
 
Essa articulação nacional fortalecerá a nossa ação em diversas novas frentes e estruturará as já existentes e tão importantes como, por exemplo, os pontos de cultura. Por isso, temos como principal desafio regulamentar neste ano o já criado Fundo Estadual de Cultura.
 
A Secult Goiás possibilitará não somente ser um ambiente para receber os artistas e agentes culturais de Goiás, mas também será proativa no contato com os fazedores de arte em todo Estado, iniciativa que já teve excelentes resultados em 2011 com o projeto Agepel Itinerante, que visitou e mapeou 14 regiões interioranas. Com a Secult esse projeto se fortalece e ganha robustez e institucionalidade necessárias para continuar e avançar ainda mais.
 
Ao ter clareza do papel estratégico da Secretaria de Cultura, o governo de Goiás a implementou. Foi um avanço significativo, histórico, apoiado por mobilização conjunta da sociedade civil, sendo um imenso passo no desafio de estabelecer o Sistema Estadual de Cultura (SEC). 
 
Acreditamos ser este o caminho para superarmos um imenso desafio: dispor de visão e atuação sistêmicas, em que as partes se vejam como integrantes de um conjunto maior e atuem de forma integrada. Assim, estaremos preparados para enfrentar os desafios que temos hoje e que teremos pelas próximas décadas, reposicionando a cultura como um dos principais eixos estratégicos do desenvolvimento de Goiás e ocupando, assim, o lugar que lhe é devido.
 
Gilvane Felipe é secretário de Estado da Cultura de Goiás; mestre e doutorando em História.
 

Comentários

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  • 15.02.2012 12:30 Rogério Lucas

    Um belo texto, de muitas dimensões, associando a cultura em seus aspectos mais amplos, sua constante mutação, e incluindo nela o papel da burocracia de Estado. O texto bem resolvido fica como referência para avaliar as ações da Secult e seu papel fora dos estritos limites de eventos e marketing.

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