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Luciana Padovez Cualheta

Como evitar os principais erros ao empreender

| 05.02.18 - 14:00
Uma das principais razões para o fracasso dos empreendimentos nos seus primeiros anos é a falta de conhecimento do que o mercado quer. É muito comum que o empreendedor tenha uma ideia de negócio, se apaixone por ela e se recuse a pesquisar ou avaliar se ela é realmente interessante, ou seja, se as pessoas realmente vão comprar aquilo que ele se propõe a vender. Alguns empreendedores até fazem pesquisa, mas só procuram opiniões que confirmem a sua. Se ninguém vê valor no seu produto, nem as melhores ações de marketing ou um atendimento sensacional irão convencer um número suficiente de consumidores a comprar de você. Por isso, os negócios acabam fracassando, mesmo se o empreendedor tiver muito dinheiro para financiá-lo.
 
Outra razão importante é a falta de conhecimento sobre gestão financeira. Isso normalmente está aliado à falta de planejamento. A verdade é que os brasileiros são apressados e não gostam de planejar. Aí, subestimam o capital de giro necessário para o negócio funcionar, não calculam o ponto de equilíbrio (que é o quanto você precisa faturar para ficar no zero a zero, ou seja, somente pagar suas contas) e o negócio opera alguns meses no vermelho e acaba morrendo, pois não tem como se sustentar até que as vendas comecem a aumentar. Nenhum negócio começa vendendo o desejado. É necessário um período de amadurecimento. Para piorar a situação, o empreendedor não tem uma reserva para se sustentar nesse período e acaba fazendo retiradas da empresa quando ela não está gerando lucros, acelerando sua morte.
 
Ainda, alguns empreendedores iniciam o negócio como segunda atividade e não conseguem se dedicar como deveriam nas fases iniciais. Mesmo que seja o negócio seja sua atividade principal, é comum que o empreendedor não planeje a quantidade de horas que deverão ser dedicadas, o que pode gerar conflitos na gestão do tempo, principalmente ao tentar conciliar trabalho, família e lazer. Muitos não gostam da nova rotina e acabam desistindo (principalmente se os resultados financeiros não começam como desejado).
 
Por fim, é fundamental destacar que os empreendedores não se preparam adequadamente para ter um negócio. Às vezes vemos excelentes profissionais nas suas áreas de atuação, como chefs de cozinha, nutricionistas, arquitetos ou engenheiros, mas que não buscam capacitação na área de gestão. Assim, existem diversas empresas que têm excelentes produtos, mas como o empreendedor não tem noção de marketing, finanças, mercado ou investimentos, acabam fracassando. Daí vem a importância do desenvolvimento do empreendedor como indivíduo, para que sejam capazes de encantar pessoas, encontrar possíveis sócios, parceiros e clientes. Infelizmente, no Brasil, e em Goiás ainda somos imediatistas e não nos preparamos para empreender.

*Luciana Padovez Cualheta é doutorando em Administração (UnB) e diretora da Sempreende, escola de empreendedorismo

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