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Elisa A. França
Elisa A. França

Jornalista formada pela UFG, especializada em comunicação ambiental, com passagem pelo Greenpeace e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). / eafranca@gmail.com

Ambiente Urbano

Sob o sol da rua 10

Algumas soluções para a ciclovia | 10.05.12 - 17:48
Hoje sobrevivi a uma caminhada debaixo do sol das 11h da manhã, na rua 10 do Centro – aquela “tombada” pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que desde outubro de 2011 passa por intervenções atabalhoadas da Prefeitura. Praticamente não restaram árvores, para dar sombra e outras coisas mais, agora que as retiraram inclusive das calçadas. Que, por sua vez, estão em obra e, em alguns trechos resta ao pedestre entregar-se aos perigos do asfalto para continuar seu caminho. Salve-se quem puder. 
 
Segundo o Código de Obras e Edificações do município (Lei Complementar 177/2008), a calçada nunca deve estar completamente impedida, embora vejamos o contrário acontecer, milhares de vezes todos os dias. O agravante, no emblemático caso da rua 10, é que nem o poder público respeita a lei (e o bom senso). Numa cidade ou país em que as coisas funcionam como deveriam, uma obra na calçada é realizada por partes, de forma a garantir o direito de ir e vir das pessoas. 
 
Para trazer algo de positivo: a calçada nova é de cimento, o que é bom para garantir a acessibilidade universal. Isto é, um cadeirante, um cego, um idoso, uma mãe empurrando carrinho de bebê... além de você e de mim, transitam por ela mais facilmente. Transitarão, aliás – pois no tempo presente está difícil.
 
Outro motivo de a coluna tratar novamente da rua 10 é que a entrevistada Gabriela Silveira, que saiu neste espaço no dia 13/04, falando sobre o transporte em bicicleta em Goiânia, se reuniu com a CMTC (Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo) e a AMT (Agência Municipal de Trânsito) – após a realização da entrevista. E alguns pontos levantados por ela foram, então, respondidos nos dois encontros que ocorreram. Eis alguns destaques:
 
A CMTC informou que fará uma rampa de acesso no começo do canteiro central da rua 10, próximo à Praça Cívica. Faz de conta que a obra não acabou de ser feita e que não terão que já quebrar e refazer esse pedaço. Então, é uma boa notícia pra garantir o uso da ciclovia.
 
Já no acesso da Praça Universitária, o ciclista atravessará pela rua, a partir do canteiro central que existe ali no começo da 10. A Gabriela foi informada de que a pista vermelha da ciclovia estará pintada no asfalto.
 
A CMTC acha que é inevitável que os pedestres invadam a ciclovia – foi o que disseram pra Gabriela. Hmmm, deixa eu pensar, será que é por que os pedestres não sabem que aquilo é uma ciclovia, já que não existe nenhuma sinalização e nem foi realizada nenhuma campanha educativa? Afinal, espaço para transitar a pé é o que não falta (melhor dizendo, não faltará) na rua 10. O canteiro central é largo o bastante pra todo mundo e ambas as calçadas, idem. Por favor! 
 
Segundo Gabriela, nos retornos para entrar na rua 94 (sentido Universitário-Centro) e na rua 24 (sentido Centro-Universitário), haverá uma “faixa de retenção” antes da curva. Dessa maneira, os carros deverão deixar espaço para os ciclistas atravessarem, enquanto esperam o sinal abrir (no caso da 94) ou o fluxo da 10 parar (no caso da 24). A preferência na 24 é do ciclista, o que deverá estar sinalizado futuramente aos motoristas.
 
Quanto à sinalização, a informação é de que será instalada quando as calçadas e o recapeamento estiverem concluídos. 
 
Já o problema da falta de acesso para quem chega por algumas ruas transversais à rua 10 persiste. Uma pergunta, também: a Prefeitura fará uma campanha educativa, para ensinar pedestres, ciclistas, motoristas e usuários de ônibus a compartilharem o espaço viário?

Comentários

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  • 03.07.2012 05:26 Silas Cow

    É tudo culpa do "pogreço", não respeitam a história, as leis enfim goiânia é terra de cowboy mesmo, vale-se a força e truculência em detrimento da boa cultura e bons modos. Quando inaugurar essa pista de bicicleta (ciclovia só se for na china!) vamos ver em quanto tempo haverá um acidente fatal.

  • 03.07.2012 05:26 Silas Cow

    É tudo culpa do "pogreço", não respeitam a história, as leis enfim goiânia é terra de cowboy mesmo, vale-se a força e truculência em detrimento da boa cultura e bons modos. Quando inaugurar essa pista de bicicleta (ciclovia só se for na china!) vamos ver em quanto tempo haverá um acidente fatal.

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Jornalista formada pela UFG, especializada em comunicação ambiental, com passagem pelo Greenpeace e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). / eafranca@gmail.com

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