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Gavroche Fukuma
Gavroche Fukuma

Tecnologia / gafukuma@gmail.com

Steve Jobs

Jobs fez pessoas perderem medo da tecnologia

Mundo mais fácil na ponta dos dedos | 06.10.11 - 16:42
São Paulo - Quem me conhece sabe que eu não sou do tipo Apple fanboy. Acho que os produtos Apple são bons, têm acabamento primoroso e usabilidade sem comparação, mas não me dou ao trabalho de fazer propaganda deles, principalmente porque me irrita a necessidade de só poder usar software Apple, de só usar cabos com entrada Apple, de não poder comprar baterias extras para um telefone, de não poder ouvir música sem ter um iTunes para sincronizar minha seleção. Enfim, prefiro a liberdade de escolher não só meus aparelhos, mas também os seus softwares e acessórios.

Mesmo assim, confesso que tenho lá alguns “gadgets by Steve Jobs”. Também não vou ficar aqui laureando Jobs só porque ele morreu. Acho que foi uma perda lamentável, que me fez lembrar meu pai por dois motivos: primeiro porque infelizmente meu pai faleceu de uma doença semelhante, também no pâncreas, e segundo porque ele costumava me dizer que um homem não morre se ele deixa sua obra perpetuada no mundo. E isso Jobs deixará, sem nenhuma sombra de dúvida.

Apesar do fiasco recente do “lançamento” do “novo” iPhone 4S, os lançamentos Apple, em apresentações conduzidas com excelência pelo próprio Steve Jobs, sempre fizeram consumidores ansiarem pelos iProdutos, mesmo sem nem saber se eles eram realmente necessários em suas vidas. Me rendo à apresentação do primeiro iPad. Assisti à transmissão por streaming e voltei pra casa pensando em como seria legal ter um daqueles. Acabei comprando.

Hoje li alguns artigos que erroneamente diziam que Jobs foi o primeiro empresário a personificar a empresa que dirigia: esqueceram-se de Akio Morita, que foi a cara da Sony por décadas, e até mesmo de outros ainda vivos, como Bill Gates (Microsoft), Jack Welch (GE) e Richard Branson (Virgin).

Agora, gostaria de deixar aqui meu maior elogio a Steve Jobs. Na minha opinião, o maior legado que Jobs deixou foi fazer com que as pessoas perdessem o medo da tecnologia. A intuitividade de uso dos produtos Apple faz com que pessoas como meu sogro, já com mais de 70 anos, se empolgue em ouvir suas músicas prediletas num iPod Nano. Até mesmo minha irmã, que sempre subutilizou seus celulares, agora brinca com um iPhone, se sentindo a pessoa mais high tech do mundo, só porque ela mesma baixa, instala e usa aplicativos da App Store.

Não acredito em nenhuma previsão catastrófica sobre o futuro da Apple. Falar sobre isso agora é puro achismo. E, olha, o que mais eu li hoje é matéria de gente que “acha”, sem ter a menor noção do negócio.

Solidarizo-me com todos os fãs da Apple. Vejo amigos meus tristes, como se um amigo próximo tivesse morrido. Jobs vai fazer falta, mas o seu legado de um mundo mais fácil na ponta dos dedos vai restar para sempre.

Gavroche Fukuma é jornalista

Comentários

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  • 06.10.2011 08:40 Regina

    Que análise bacana, Gavroche. Gostei!

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