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#EntrevistasAR - Eleições 2014

Alexandre Magalhães: "Quero fazer uma gestão empresarial e pouco política"

Confira entrevista exclusiva ao AR | 12.09.14 - 18:54 Alexandre Magalhães: "Quero fazer uma gestão empresarial e pouco política" (Foto: Lorena Lara / A Redação)
Carolina Pessoni
 
Goiânia - Em continuidade à rodada de entrevistas com os candidatos ao governo de Goiás, o jornal A Redação entrevistou nesta sexta-feira (12/9), o candidato do PSDC, Alexandre Magalhães.

A entrevista, feita pelos jornalistas Aline Mil e João Unes, foi dividida em três blocos, sendo o primeiro com perguntas elaboradas pela equipe de jornalismo do AR, o segundo com perguntas de leitores e o terceiro para considerações finais. 
 
Leia mais:
Professor Weslei: "Sou o único candidato que representa mudança para Goiás"
Marta Jane (PCB): "Temos um projeto socialista e queremos implementá-lo"
Marconi: "Nosso Estado é referência e queremos continuar nosso trabalho"
 
Alexandre falou sobre suas propostas e destacou que não é político de carreira e que, por isso, quer implementar uma gestão diferenciada no Estado. "Quero fazer uma gestão empresarial e pouco política."

Assista a entrevista na íntegra:

 
 
*Confira os principais pontos abordados pelo candidato:
 
Por quê ser governador?
"Por um simples motivo: quero mudar a forma de gestão que se tem hoje em Goiás. Vejo uma gestão politiqueira há muitos anos e quero fazer uma gestão empresarial e pouco política."
 
Trajetória
"Sou um pai de família, católico, tenho 47 anos, sou casado, pai de um casal, formado em Direito. Nunca fui político, é a primeira vez que sou candidato, mas tenho sangue político. Meu pai foi do MDB, então convivi com isso sempre, lembro muito bem dos anos da Ditadura Militar. Somos errados em aceitar esses governos e não nos candidatarmos. Então vamos mostrar que podemos fazer algo diferente."
 
Segurança pública
"Este é um problema nacional e de Goiás também, mas nós não vamos fugir de nossas responsabilidades. A nossa principal proposta é qualificar o policial. Vamos criar uma academia de gestores de segurança pública, que vai unir Polícia Militar, Polícia Civil, peritos, qualquer trabalhador que esteja ligado à segurança pública. Serão cursos de três anos em que vão aprender tudo: leis, armas, tiros, psicologia. Isso inclusive vai acabar com a rixa entre as Polícias Civil e Militar. Isso é a base. Um policial serve o Estado hoje por 30 anos e se não for qualificado, vai ser um mau policial. Outras propostas são polícia investigativa, com uma ação contínua e constante, além de eleger um secretário de segurança pública que seja da área, implantar um sistema de câmeras, blitze constantes nas entradas do Estado e em Goiânia. Lugar de bandido vai ser na cadeia, e ele lá vai ter que trabalhar."
 
Criação do "Estado do Entorno"
"É uma proposta polêmica para levantar algo que está errado no Brasil. Brasília foi concebida para ser a capital federal para 500 mil habitantes, mas hoje já se mudou essa concepção, hoje é um Estado. Com o crescimento de Brasília, surgiram novas cidades, que são as chamadas cidades do Entorno. Somando todas passa de 4 milhões de pessoas e aí vira uma crise endêmica de tudo que se pode imaginar. Falta esgoto, água, segurança pública, e o governo de Goiás não dá conta sozinho daquilo ali e o Distrito Federal tem dinheiro para cuidar disso. Então queremos ampliar a área do DF para abarcar essa região. Não cabe a mim como governador, mas posso levantar essa bandeira e quanto mais demorarmos, mais o problema vai piorar."
 
"Temos que tratar o entorno como os grandes centros. Vamos humanizar o transporte público, fazermos parcerias com os governos municipais para subsidiar as passagens. Queremos criar os "terminais shoppings", a exemplo da rodoviária, para humanizar o tratamento ao usuário, onde ele possa ter acesso a mais serviços."
 
O candidato Professor Weslei (PSOL) afirmou que você é apenas um representante do atual governador. Qual a sua resposta sobre essa crítica?
"O candidato deve estar enciumado. Tenho um irmão que é secretário do governador Marconi, então me vinculam a isso. Não tenho vínculo com o governador, não o conheço, não conheço os secretários. Minha candidatura é por causa da indignação, da vontade de mudança. Tive coragem e saí candidato. É só isso."
 
Organizações Sociais na Saúde
"A gente não administra nada sozinho e eu não entendo de tudo. A gente faz governo em equipe. Conversamos com os médicos que atuam na área pública e todos são a favor e acham correto a gestão por OSs, pois desburocratiza a máquina pública e agiliza o processo. Em respeito à opinião deles, vamos continuar com o processo, mas com gestão e clareza."
 
Fim da "familiocracia"
"Não vou contratar ninguém só porque é parente de alguém. Vamos fazer uma gestão voltada para o povo, que não busca o poder. Hoje os candidatos têm 15, 16 partidos em suas coligações, depois tem que dar cargos para eles. No PSDC, por exemplo, só é prevista uma reeleição. Perpetuando o poder dentro da família não se dá oportunidade de entrar uma pessoa nova. Nós vamos brigar contra isso." 
 
Eymael em Goiânia
"Nós vamos recepcioná-lo na noite desta sexta-feira (12) e em seguida vamos ao Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia, junto com nossas lideranças. Amanhã vamos fazer uma carreata pela manhã, saindo da Vila Nova até o Setor Aeroporto. Ele não poderá ficar mais, pois já têm compromissos em Brasília."
 
Celg
"A Celg é um caso polêmico. Era uma empresa rentável, excelente que, de braços cruzados, ganha dinheiro. Infelizmente, com a venda de Cachoeira Dourada e outras usinas, chegamos a isso e não sabemos como se chegou a esse contrato de federalização. Como governador, vou cobrar altos investimentos do governo federal para aplicar recursos novamente em linhas de transmissão e no que for necessário para que ela volte a ser uma grande empresa. O Estado hoje é um grande contribuinte da Celg."
 
Educação
"Fico feliz com a colocação de Goiás no Ideb. Eu não posso falar mal, é o que estamos vendo. Mas eu vejo que a educação básica no Brasil tem que mudar, temos que mudar a grade básica por que ela é o alicerce da pessoa. Devemos melhorar os ensinos de línguas e matemática. A estrutura das escolas não é boa, muitas não têm bibliotecas, não tem nem mesmo banheiros. É triste, mas é a nossa realidade."
 
Perguntas dos leitores
 
Luana Ferreira - Aparecida de Goiânia: Em seus programas o senhor tem dito que é o único capaz de vencer Marconi Perillo em um provável segundo turno. Quais são as estratégias do senhor para chegar ao segundo turno já que aparece sempre nas pesquisas em quinto e sexto lugar?
Eu quero chegar ao segundo turno falando a verdade. Vemos várias pesquisas, mas ainda tem 40% a 50% de pessoas indecisas. Eu não compro voto, não paguei marqueteiro, eu venho e falo a verdade, falo de coração. O único que não foi político, que não tem rabo preso, sou eu. Todos conhecemos o passado de Iris, Gomide, Vanderlan e do próprio Marconi, que está no seu direito de reeleição. E só eu represento a mudança segura que Goiás precisa. 
 
Victor Oliveira - Goiânia: Como o senhor vê esse acordo para salvar a Celg? Quais são os seus projetos para a companhia?
A Celg já foi federalizada. O governo estadual deve estar dentro dela, presente, junto, brigando, não aceitando do jeito que está.
 
Ricardo Alessandro - Goiânia: Quais são as ações previstas para o combate ao tráfico de drogas? Haverá alguma política específica para o dependente químico?
Hoje a política de combate ao tráfico é de austeridade investigativa, ir à base e acabar com o traficante. Quando a polícia é investigativa, encontra muita coisa. O PSDC é o único partido que tem a proposta de criar a Secretaria da Família, para reintegrar esse jovem à sociedade. É um caso social em que não podemos cruzar os braços. Queremos integrar a família junto ao Estado, será uma secretaria social mais próxima da família.
 
Mirela Garcia - Jataí: Candidato, o senhor tem algum programa voltado para o agronegócio do interior do Estado? Como o senhor vai lidar com o pequeno produtor?
Essa é uma das principais propostas nossas. Meu projeto é resgatar a Emater e o arranjo produtivo de cada região, além de criar um cinturão verde ao redor dos grandes centros.
 
Sergio Paiva - Goiânia: Qual a posição do senhor em relação à homofobia?
Eu não tenho nada contra a opção sexual de cada um. A homofobia para mim é igual ao racismo, então tem que ser preso do mesmo jeito.
 
Considerações finais
"Fico muito agradecido de estar aqui no A Redação. É uma oportunidade muito rica. Nunca mexi com política. Errei, acho que deveria ter entrado quando jovem. Acho que o grande erro da política do Brasil somos nós, eleitores, que só reclamamos e não fazemos nada. E falo para a população que entrem para o política, filiem-se, sejam candidatos, senão vamos continuar sendo governados por esses políticos que estão aí. O voto é a arma mais democrática e poderosa que temos. Pense seu voto, use seu voto. Não venda seu voto, não vá no voto do vizinho, do amigo. Pesquise sobre seu candidato, procure, vote em quem você acha que é correto. Estou aí para plantar uma semente."

Na segunda-feira (15/9), o próximo entrevistado da rodada será o candidato do PT, Antônio Gomide. A entrevista será às 15 horas e poderá ser assistida ao vivo através do site do A Redação em parceria com a plataforma Live Alive.
 

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