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Eleições 2014

"Dilma se esconde atrás das fofocas", diz Marina em Goiânia

Candidata procura se defender de ataques | 19.09.14 - 19:26 "Dilma se esconde atrás das fofocas", diz Marina em Goiânia (Foto: João Carlos)
Leandro Coutinho
 
Aparecida de Goiânia - O comício da candidata à presidência Marina Silva (PSB) estava marcado para as 19h30 desta quinta-feira (19/9), no estacionamento da Faculdade Alfredo Nasser (Unifan), em Aparecida de Goiânia. Às 20 horas, um carro de som anunciava a chegada da presidenciável para as 20h30.
 
O avião que trazia Marina e seu candidato a vice, Beto Albuquerque (PSB), pousou no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, por volta das 21h30. Neste momento, cerca de 50 jornalistas da imprensa local e nacional tentavam se acomodar uma sala de aula da faculdade. A equipe de campanha tem procurado aumentar o número de compromissos da candidata nesta reta final, que acaba tendo de cancelar vários deles.
 
Por volta das 22h20, Marina Silva foi anunciada para sua primeira visita a Goiânia como candidata a presidente. Lugares reservados à mesa da entrevista coletiva estavam reservados para Martiniano Cavalcante (Rede), Aguimar Jesuíno (candidato a senador pelo PSB), Albuquerque, Marina, Vanderlan Cardoso (candidato a governador pelo PSB), Professor Alcides (candidato a vice-governador pelo PSB) e Izaura Cardoso (esposa de Vanderlan).
 
Marina foi a primeira a sentar-se. Pediu desculpas pelo atraso, consequência de contratempos no comício realizado horas antes em Vitória (ES). Na introdução à entrevista, a candidata enumerou os principais projetos de seu plano de governo, entre eles a ampliação de escolas de tempo integral, investimento em energia limpa e o passe livre estudantil no transporte público. Enfatizou sua proposta de promover uma nova agenda política.

Governabilidade
Amparados pelo discurso de que é necessário que haja governabilidade, PSDB e PT abrigaram em seus governos o PMDB, partido liderado por figurões históricos da política nacional, como os senadores José Sarney e Renan Calheiros e o vice-presidente Michel Temer.
 
Perguntada se faria o mesmo para garantir sua governabilidade, Marina repetiu um discurso que vem sendo engendrado em suas entrevistas, citando três senadores. "Todos os partidos têm grandes nomes em seus quadros. No PMDB eu cito um líder do qual o Brasil tem orgulho e que é conterrâneo do meu vice, Beto Albuquerque: Pedro Simon. Eu teria a honra de convidar também para meu governo Cristovam Buarque, do PDT. Até mesmo do PT eu tomaria emprestado uma pessoa que muito admiro, Eduardo Suplicy."
 
Dessa forma, esquivou-se de explicar como garantiria uma maioria no Congresso sem precisar ceder força aos caciques e, assim, imprimir seu projeto de nova política. Questionada se teria um goiano em seu governo, passou batida.
 
Ataques
Reiteradas vezes, Marina Silva transitou na linha tênue entre a defesa e o contra-ataque do que chamou de um "marketing selvagem" atribuído aos adversários Dilma (PT) e Aécio (PSDB). Evitou citar o tucano, mas acabou caindo na tentação de atacar a candidata a re-eleição.
 
"Não vamos responder às mentiras e baixarias que os adversários vêm promovendo. Tenho orgulho de minha trajetória política e convido os eleitores a irem às redes sociais desmentir as fofocas que são espalhadas por uma rede de internautas bancados por mensaletes, pagos para contar mentiras a nosso respeito. Sempre que nos atacarem com mentiras, vamos oferecer a outra face, a da verdade e das propostas de um projeto de Brasil", disse Marina Silva na entrevista coletiva. Já no palanque, foi mais enfática: "A candidata Dilma esconde-se atrás das fofocas".
 
Sobre o movimento Marimar, promovido pelos partidos PHS e PPS em Goiás e defende as candidaturas de Marina Silva para presidente e Marconi para governador, a presidenciável foi veemente. "Ninguém tem autorização de usar meu nome para promover outra candidatura que não seja a de Vanderlan."
 
A candidata demonstrava impassividade diante das perguntas dos jornalistas e veemência nas respostas. Um momento de maior tensão foi quando perguntada do racha que sua candidatura gerou no PSB após a morte de Eduardo Campos, em agosto, e o destino de seu projeto Rede Sustentabilidade. Beto Albuquerque assumiu o microfone. "Não existe crise, não existe racha. O PSB está unido no nome de Marina Silva, que foi muito bem recebido no partido, assim como todos os filiados da Rede", disse.


Misael e Kajuru (alto à direita) pedem o fim da entrevista (Foto: Leandro Coutinho)
 
Quando a entrevista caminha para o fim, durou 20 minutos quando o previsto era 15, o prefeito de Senador Canedo, Misael Oliveira (PSB), e o candidato a deputado federal pelo PRP Jorge Kajuru subiram numa mesa do lado de fora da sala de aula e, diante de um vidro, esbravejaram com o staff da campanha dizendo que, por conta do atraso, o comício estava sendo esvaziado.
 
Evocação
Faltando pouco menos de 20 minutos para as 23 horas, restavam menos de mil eleitores diante do palanque. Os candidatos subiram ao palco e o locutor pediu um minuto de silêncio em respeito à morte de Eduardo Campos.


Marina parte para o ataque no discurso (Foto: João Carlos)
 
Discursaram Aguimar Jesuíno e Vanderlan, seguidos por Beto Albuquerque, que encerrou sua fala entoando o grito de guerra evocando o pernambucano "Eduardo presente! Marina presidente!".
 
Marina iniciou sua fala com novo pedido de desculpas pelo atraso e, no palanque, sentiu-se mais à vontade para atacar os adversários. "Eles não têm plano de governo, porque não têm projeto para o Brasil, têm projetos de poder. Acostumaram-se a promover uma briga entre vermelho e azul, em vez de governar o País. Vamos fazer uma nova política."

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