Mônica Parreira
Goiânia - A Polícia Civil vai remeter ao Poder Judiciário nesta sexta-feira (21/1) a conclusão do primeiro inquérito da força-tarefa montada para investigar o suposto serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 26 anos. Titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), o delegado Murilo Polati apresentou provas técnicas e testemunhais de que o vigilante matou Rosirene Gualberto da Silva.
Dos casos investigados pela força-tarefa, pelo menos 16 homicídios já indicam que os disparos foram efetuados pela arma apreendida com Tiago Henrique, incluindo o de Rosirene. "Nós ainda estamos aguardando o recebimento destes laudos", disse Murilo Polati, que não soube precisar quanto tempo a polícia ainda vai demorar para finalizar todas as investigações. "Há casos mais complexos, onde houve utilização de arma branca", exemplifica.
O homicídio de Rosirene foi enquadrado como duplamente qualificado, por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Segundo o delegado, a prisão preventiva de Tiago Henrique está baseada neste caso, e "o prazo para apresentação do inquérito encerra à meia-noite", disse. Outros inquéritos devem ser encaminhados à Justiça nos próximos dias, como de Juliana Neubia Dias, de 22 anos, e de Arlete dos Anjos Carvalho, de 16.
Provas
O caso de Rosirene aconteceu no dia 19 de julho, no Setor dos Funcionários. A mulher foi morta a tiros quando chegava em uma boate. Ela estava acompanhada da irmã, Rocilda Gualberto, que ficou ferida.

Logo após o homicídio, um retrato-falado foi produzido com base nas descrições que a irmã da vítima fez do assassino. A imagem ainda não havia sido divulgada.
Quando Tiago Henrique foi preso, Rocilda o reconheceu como autor do crime. Também consta no inquérito a confissão feita pelo vigilante em dois interrogatórios.
O resultado do exame de balística feito com o projétil retirado do corpo da vítima foi compatível com a arma utilizada por Tiago Henrique.
Outra prova apresentada é a imagem que um fotossensor registrou no Jardim América, momentos após o crime. A mochila utilizada pelo motociclista que aparece na imagem seria a mesma apreendida na casa do investigado quando foi preso, no último dia 14 de outubro. Confira:
(Imagem: divulgação/Polícia Civil)