Adriana Marinelli
Goiânia - Depois de comentar sua expulsão do PT em um vídeo, postado ainda na noite de sexta-feira (30/1), o vereador Tayrone Di Martino voltou a se manifestar sobre o caso na manhã deste sábado (31/1), desta vez por meio do Twitter.
No microblog, o vereador acusou o prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, de articular sua expulsão. "Quem organizou minha expulsão do PT foi o Paulo Garcia e o mensaleiro Delúbio. Os dois se reuniram nesta semana para fechar a questão", escreveu.
"O PT elegeu 4 vereadores. Pela grande habilidade política e competência de Paulo Garcia, terminará somente com um, o irmão do mensalão", completou.
Ainda por meio do Twitter, Tayrone afirmou que o prefeito teria ameaçado comissionados que fazem parte do Diretório do PT de demissão, caso não votassem pela expulsão do vereador.
Também por meio do Twitter, o prefeito Paulo Garcia se defendeu, alegando que as ausações são levianas. "Afirmações de ameaça, das quais levianamente me acusam, não são verdades. Lamentável como alguns fazem da política a arte da dissimulação", escreveu, logo após as postagens de Tayrone.
"Minhas posições são claras, públicas e transparentes. Mas quando meu partido decide por maioria, sempre às respeitei. Sou sério. As posições individuais não podem sobrepor as coletivas.", acrescentou o prefeito.
Entenda o caso
Após votação realizado na noite de sexta-feira (30/1), os vereadores Tayrone Di Martino e Felizberto Tavares foram expulsos do PT metropolitano. A motivação, segundo o próprio PT, teria sido infidelidade partidária. Foram 39 votos a favor e dois contra na votação realizada na sede do partido, em Goiânia.
Os desencontros de ideias entre Tayrone e o PT não são novidade. O vereador bateu de frente com o partido ao votar, no ano passado, contra o aumento do IPTU e ITU de Goiânia. Além disso, o partido não teria perdoado o fato de Tayrone ter renunciado à sua candidatura de vice-governador na chapa com Antônio Gomide (PT) na última eleição. No caso de Felizberto Tavares, o fato dele ter apoiado a candidatura de Marconi Perillo para a reeleição teria pesado na decisão dos membros do partido.