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Instituto Histórico e Geográfico de Goiás preserva memórias e tradições

Local fica em frente à Praça Cívica | 27.08.21 - 14:25
Instituto Histórico e Geográfico de Goiás preserva memórias e tradições Foto: Letícia CoqueiroCarolina Pessoni
 
Goiânia - Em frente à Praça Cívica, diversos rostos estampados em um mural observam o movimentar da Rua 82. Quem já passou pela esquina com a Avenida 85 pode notar que o local tem relevância histórica. Trata-se do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), espaço que conta a trajetória do estado desde 1932.
 
A fundação do instituto se deu na cidade de Goiás, em 7 de outubro daquele ano. José Honorato da Silva e Souza, que participava do governo do interventor Pedro Ludovico Teixeira, foi o responsável pela concretização da instituição ao convocar os intelectuais da época para a histórica reunião que marcou o início das atividades do IHGG.
 
A solenidade aconteceu no salão nobre do Palácio da Instrução e a ata, lavrada por Alfredo de Faria Castro, registra a presença das seguintes pessoas: José Honorato da Silva e Sousa, Agnelo Arlington Fleury Curado, Colemar Natal e Silva, Dario Cardoso, Alfredo de Faria Castro, Augusto da Paixão Fleury Curado e Luiz Ramos de Oliveira Couto, personalidades que fizeram parte da história do Estado.
 
Já o evento que marcou a instalação do instituto foi realizado no salão nobre do Lyceu de Goiás, em 17 de setembro do ano seguinte. Pedro Ludovico participou da cerimônia, presidida pelo advogado e professor Colemar Natal e Silva, e recebeu o diploma de Presidente de Honra da instituição.
 

(Foto: Letícia Coqueiro)

Após a instalação em 1933, os fundadores do instituto só voltariam a se reunir em 1938, já na nova capital. No dia 26 de julho, Colemar Natal e Silva lançou a pedra fundamental da sede própria da instituição, construída nos lotes 43 e 45 da Rua 82 do Setor Sul, bairro que estava no início de seu desenvolvimento.
 
"A nossa sede original está em uma localização privilegiada e isso se deve ao primeiro presidente do IHGG e sua relação com o interventor federal Pedro Ludovico, que doou os lotes para a construção do prédio", explica o presidente do instituto, Jales Guedes. A sede em Goiânia foi inaugurada em 5 de outubro de 1939. Já no dia 21 do mês seguinte, o instituto foi reconhecido como entidade de utilidade pública por meio do Decreto-Lei nº 2.593.
 
Jales ressalta que a sede do IHGG é um prédio histórico. "É a primeira edificação do Setor Sul e onde funcionou a Faculdade de História e Geografia de Goiás antes dela se tornar parte da Universidade Federal de Goiás. Também foi no nosso prédio que foram realizadas as primeiras reuniões da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil", conta.
 
Nova sede
Em 1999 foi inaugurada a segunda sede do IHGG, construída ao lado da antiga. O novo prédio, com 700 m² de área dividida em três pavimentos, possui auditório com capacidade para 136 pessoas, salas para documento e pesquisa e biblioteca. Já na sede antiga está a "Sala Colemar Natal e Silva" com objetos e documentos que pertenceram ao fundador da instituição.
 
A construção da nova sede foi idealizada pela sócia-honorária da instituição Terezinha Vieira dos Santos, que viabilizou os recursos financeiros. A obra foi administrada pelo antigo Crisa, hoje a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes - Goinfra.
 
É nesse prédio que está instalado o mural com diversos rostos e que desperta a curiosidade de quem passa pelo local. O presidente do IHGG explica que as pessoas retratadas são os pioneiros de Goiânia. "Estão retratados ali Pedro Ludovico, Léo Lince, Belkiss Spenciere, entre tantos outros que fizeram parte da construção da nova capital. Também temos imagens de momentos importantes da história, como a primeira missa de Goiânia, a primeira visita de um presidente à nova capital, imagens do Goiânia Esporte Clube e Atlético Clube Goianiense. É um pouco da memória da cidade que está contada ali", diz.
 
Acervo
O acervo do Instituto é bastante diversificado, composto de fotografias, fitas de vídeo, obras de arte, CDs, documentos manuscritos históricos (dentre os documentos mais importantes está a primeira Constituição do Estado de Goiás), livros, revistas, mapas, folhetos, medalhas, objetos pessoais de grandes personalidades goianas. O acervo foi criado e é abastecido por meio de doações de pioneiros ilustres de Goiás, artistas e estudiosos da história cultural, social e política de Goiás e do Brasil.
 
"É um acervo muito eclético. Temos materiais sobre diversos assuntos, como história, literatura, arquitetura, geografia. Temos, por exemplo, a primeira edição do Jornal do Povo, um dos primeiros jornais de Goiânia, fundado por Alfredo Nasser", explica Jales Guedes.


(Foto: Letícia Coqueiro)

Também faz parte do acervo a Hemeroteca Digital, lançada no último dia 16 de agosto. A Hemeroteca contém diversos periódicos editados em 23 municípios. O destaque fica para o "Primeira Hora", de 1957, jornal pioneiro a circular em Brasília. O endereço é hemeroteca.ihgg.org.
 
Até o momento fazem parte da hemeroteca jornais publicados em Itumbiara, Orizona, Jataí, Rio Verde, Goiandira, Caldas Novas, Ipameri, Anápolis, Buriti Alegre, Caçu, Catalão, Corumbá, Formosa, Goiânia, Goiás, Itaberaí, Morrinhos, Pirenópolis, Pires do Rio, Uberlândia (MG) e São Paulo (SP).
 
"O material pode ser acessado de qualquer lugar e permite que pessoas de todo o mundo vejam esses periódicos históricos. O projeto ainda está em fase inicial, mas a sua atualização será constante. Aguardamos um equipamento maior para digitalizar jornais em formato standard, o que incrementará ainda mais nosso acervo", afirma Jales.
 
O presidente do instituto destaca que a entidade está sempre em busca de parcerias com o poder público e iniciativa privada para apoio cultural. "O objetivo é fortalecer o instituto e o serviço de utilidade pública de ser a memória goiana. Somos a primeira entidade cultural de Goiânia, estamos localizados no coração da cidade, temos uma relação de simbiose muito grande. Para nós, é uma honra poder fazer parte da história da Capital", encerra o presidente do IHGG.





A coluna Joias do Centro tem o apoio da Sim Engenharia
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