Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Foto: Hely Junior/A Redação
Carolina Pessoni
Goiânia - A região central de Goiânia guarda verdadeiros tesouros da cidade. Em meio a prédios residenciais, em frente a uma das avenidas mais movimentadas da capital, uma área verde para respirar ar puro e renovar as energias: o Lago das Rosas.
Localizado entre o Centro e o Setor Oeste, o Lago das Rosas faz parte dos primórdios da capital. Como um parque, foi construído efetivamente na década de 1940, mas sua história começa antes do local ser, de fato, uma parte da cidade.
A área do parque era integrada à Fazenda Crimeia. De acordo com informações da Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia (Amma), em 1933 os donos da propriedade doaram esta e outras áreas para fazerem parte do território da nova capital do Estado.
No total, foram cerca de 250 hectares doados. O nome do córrego que nascia no local, Capim Puba, foi mantido, assim como o da fazenda e do proprietário, Urias Magalhães, que batizou um dos bairros de Goiânia posteriormente.
Em 1937, diretores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro sugeriram a implantação do Horto Florestal de Goiânia. O local seria também o ponto de união entre Campinas, o bairro que na época era uma cidade, e a nova capital.
Lago das Rosas (Foto: Reprodução/IBGE)
A arquiteta e urbanista Lana Jubé afirma que o Lago das Rosas, assim como o Bosque dos Buritis e o Parque Botafogo, já estava previsto no planejamento de Goiânia, feito por Attilio Corrêa Lima. “O Setor Sul e o Setor Oeste já estavam projetados para a expansão da cidade. Os parques fariam esse anel verde, canalizando os leitos dos rios, que são imprescindíveis para a sustentabilidade urbana”, explica.
Então, em 1941 foi fundado o Balneário Lago das Rosas, que levou esse nome devido a um jardim de roseiras que havia no local antes da área ser transformada em parque. O local proporcionava lazer à população ao se tornar um clube popular, onde se podia tomar banho.
Arte e natureza
Além de matas e vegetação, a área de mais de 315 mil metros quadrados possui também estruturas históricas, tombadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Uma delas é o trampolim, que foi utilizado para diversão dos frequentadores e também em competições realizadas no local.
A outra estrutura é a mureta, de cerca de 150 metros. Em seus pilares, ela tem o desenho de uma flor, com os pontos cardeais em seu centro simbolizando a Rosa dos Ventos. Assim como diversos monumentos de Goiânia, o trampolim e a mureta foram construídos no estilo art déco. “As rosas da mureta tinham a pintura feita em pó de pedra verde, a mesma técnica aplicada na pintura do Palácio das Esmeraldas. Era belíssimo, uma representação fiel do rebuscamento do art déco”, diz.
Lago das Rosas era um clube popular (Foto: Câmara Municipal de Goiânia/Prefeitura de Goiânia)
Os visitantes do Lago das Rosas tinham ainda dois prédios para aproveitar no local. Um era o Castelinho, que foi ocupado por estudantes em suas ações, e o outro era uma espécie de bar que também funcionava como boate.
Em 1956, o horto foi transformado no atual Jardim Zoológico de Goiânia, compondo a estrutura do Lago das Rosas. No final dos anos 1960, passou a ser proibido nadar no local após casos de afogamento.
Trampolim do Lago das Rosas foi construído no estilo art déco (Foto: Hely Junior/A Redação)
Atualmente a área é uma das mais frequentadas por pessoas que querem praticar exercícios físicos ao ar livre nas pistas de caminhada, ciclismo e nos aparelhos instalados em pontos do parque. O local também é utilizado para lazer, com um gramado amplo e convidativo a um piquenique. Já no lago é possível fazer um passeio de pedalinho por toda sua extensão.
Para a arquiteta e urbanista, o Lago das Rosas tem papel fundamental no desenvolvimento da cidade e, especialmente, da região. “Foi o grande ponto de encontro da cidade, é um lugar com belas paisagens. Há cerca de 20 anos muitos edifícios de alto padrão voltaram a ser construídos na região, o que demonstra que é onde as pessoas querem estar. Os parques estão relacionados com a forma de construir Goiânia, sem falar nos benefícios para a manutenção da rede hídrica e do sistema aquático da cidade, além da purificação do ar pela vegetação. Os benefícios são inúmeros”, pontua.