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Colégio Agostiniano é tradição de ensino em Goiânia há 59 anos

Escola está localizada no Setor Aeroporto | 03.03.23 - 19:16
Colégio Agostiniano é tradição de ensino em Goiânia há 59 anos Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Carolina Pessoni
 
Goiânia - Um dos colégios mais tradicionais de Goiânia comemora, neste domingo (5/3), 59 anos de sua fundação. Localizado no Setor Aeroporto, região central de Goiânia, o Colégio Agostiniano Nossa Senhora de Fátima celebra esta data como uma das referências em educação e parte da história da capital.
 
A história do colégio começou antes de sua fundação, quando os padres agostinianos chegaram ao Brasil, em 1933. Esses padres se espalharam pelo país com a missão de organizar paróquias e escolas, o que aconteceu também em Goiânia.
 
Por volta dos anos 1950, um documento de D. Emmanuel Gomes de Oliveira autorizou a fundação de uma Casa da Ordem em Goiânia, e as atividades seriam a fé e o ensino, conforme detalha o livro "Resenha Histórica - Vicariato da Província de Castela no Brasil", de Pe. Eládio Gutiérrez. Para as atividades religiosas, já havia a Capela de Aparecida de Goiânia, a Capelania das Irmãs Agostinianas e a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, que eram coordenadas pelos padres Alípio Martínez e Angel Franco.
 
Faltava, então, as atividades de ensino e, para isso, Pe. Alípio se lançou ao trabalho de procura e aquisição da área para um futuro colégio e igreja matriz. Com a falta de recursos, a solução possível foi tentar junto ao Estado ou município a doação do terreno.
 
Foi, então, que conseguiu o apoio do governador do Estado à época, Pedro Ludovico Teixeira, e de seu vice, Jonas Duarte, para introduzir na Assembleia Legislativa o projeto de lei para a doação de uma área no Setor Aeroporto. A sugestão do espaço no Setor Aeroporto para a construção do colégio e da igreja foi do próprio governador.
 
A lavratura da escritura de doação da área que compreendia os lotes 5 e 9 da quadra 42-A se deu no dia 20 de dezembro de 1955. Posteriormente, com ajuda de verbas do Estado e da Federação, foram adquiridos os lotes 11 e 12 da Avenida X, de 13 a 16 da Praça Santos Dumont e de 17 a 21 da Avenida K. 
 
Em 1958, quando o colégio começou a ser construído, foram comprados os lotes 4 e 6 da Rua 6-A e posteriormente, entre 1963 e 1965, os lotes 2, 3, 7 e 10. Depois, houve a troca do lote 19 pelo 9. A área total tem cerca de 16 mil m².  Atualmente estão construídos nela o primeiro Colégio Agostiniano, a Igreja Nossa Senhora de Fátima, o Centro Social e o novo colégio com o auditório e quadras de esporte.
 
 

Mapa com a localização dos lotes ocupados pela Igreja Nossa Senhora de Fátima e pelo Colégio Agostiniano (Foto: Reprodução/Livro "Resenha Histórica - Vicariato da Província de Castela no Brasil")
 
A inauguração do Colégio Agostiniano aconteceu no dia 5 de março de 1964, com proposta pedagógica pautada na construção do conhecimento científico e na formação para o exercício da cidadania e solidariedade. Inicialmente, a escola possuía apenas o Curso Primário, atual Ensino Fundamental I, mas no ano seguinte passou a oferecer também o Curso Ginasial e o número de alunos aumentou significativamente.
 
Em 1967 foi inaugurado o ginásio esportivo para as aulas de educação física, mas também para práticas esportivas da comunidade e realização de eventos. A primeira ampliação veio em 1973, com um novo pavilhão com três salas, instalações sanitárias e parque de recreio.
 

Primeiro prédio do Colégio Agostiniano (Foto: Acervo Colégio Agostiniano)
 
A inauguração do novo prédio, conhecido como Novo Agostiniano, aconteceu em 1981. A nova estrutura possuía 41 salas de aula e aumentou a capacidade de alunos. Dez anos depois, o colégio inaugurou o auditório e o novo ginásio de esportes.
 
Em 25 de junho de 1996, mais um ciclo de expansão colocou em funcionamento a Unidade II. O prédio conta salas de aula, salão para palestras, salas para orientação escolar, sala dos professores, capela, departamento cultural e área administrativa. Atualmente o colégio possui 3 mil alunos em uma estrutura moderna e tecnológica.
 
Carinho e gratidão
“Uma oportunidade de crescer como pessoa, profissional e cristã. Tudo o que fiz e faço aqui me traz conhecimento e aprendizado.” É assim que a auxiliar de Ensino Fundamental II, Raquel Toledo, define, emocionada, o Colégio Agostiniano.
 
E essa emoção toda tem diversos motivos especiais. Raquel estudou no primeiro prédio do colégio até se formar no 3º ano do Ensino Médio e acompanhou todas as mudanças e evoluções da instituição. “Como eu era muito dinâmica e participava de todos os projetos da Pastoral Educativa, o Padre César, que era o diretor da escola, quis me conhecer. Logo me colocou para participar do projeto da pastoral da paróquia e nunca mais saí”, conta.
 
O trabalho voluntário ativo rendeu a Raquel seu primeiro emprego, também no Colégio. “Padre César me prometeu um emprego se eu passasse no vestibular. Eu passei e, então, no dia 8 de março de 1984 minha carteira foi assinada como professora de Ensino Religioso no Colégio. Nunca mais saí.”
 

Raquel Toledo: uma vida dedicada ao Colégio Agostiniano (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
Já se vão 39 anos de dedicação à escola, sempre na área do ensino. Depois de se formar, no curso de História, Raquel lecionou também essa disciplina, foi coordenadora de área e agora executa uma função mais ligada à administração. “Eu já me aposentei, pedi demissão, fiquei seis meses nos Estados Unidos com meus filhos, mas quando voltei a escola me chamou de volta. Isso é motivo de grande orgulho pra mim”, diz.
 
Raquel destaca ainda que o Colégio Agostiniano faz “parte de sua vida”. “Conheço todo mundo, cada cantinho. É um misto de amor, gratidão e reconhecimento.” A razão é simples de entender. Além de Raquel, seus três irmãos também estudaram na escola e têm carreiras profissionais consolidadas. 
 
Os dois filhos de Raquel, Lucas e Amanda Toledo, também estudaram no Agostiniano do infantil ao ensino médio. “Nunca pensei em colocar os meus filhos para estudarem em outra escola. Primeiro porque eu sempre acreditei no trabalho da instituição, e também pela facilidade porque sempre morei perto do trabalho. Meus filhos nunca quiseram trocar de escola, têm amizades desse tempo até hoje e meu filho inclusive conheceu a esposa no Agostiniano. As relações construídas ali são muito sólidas”, ressalta.
 

Unidade II do Colégio Agostiniano, inaugurada em 1996 (Foto: Acervo Colégio Agostiniano)
 
A história da diretora pedagógica do colégio, Adriana Ribeiro de Freitas, é bastante semelhante. No cargo desde 2017, sua história no Agostiniano começou muito antes, quando tinha 13 anos de idade, nas séries do ensino fundamental, que eram chamadas de Ginásio. “Agora em março faz 40 anos que frequento a escola e ali, além da formação acadêmica, tive também a formação ética, moral e religiosa, porque foi no pátio da escola que comecei a participar dos encontros de jovens”, conta.
 
Após o término do Ensino Médio, Adriana foi para a  universidade, mas também foi convidada pelo Pe. César para lecionar a disciplina de Ensino Religioso e participar da Pastoral Educativa. Foi professora por 12 anos e saiu quando passou em um concurso da universidade para professora titular. Fez mestrado, doutorado, mas voltou ao Agostiniano em 2013, novamente a convite de Pe. César, desta vez para assumir a coordenação do Fundamental II.
 

Pe. César vistoria alunos em fila (Foto: Acervo Colégio Agostiniano)
 
“Assumi a coordenação quando a escola tinha pouco mais de 1500 alunos para ajudar o Pe. César na transição da direção para o Pe. Eduardo Flauzino, que é o atual diretor, o que aconteceu em 2016. Fico muito feliz por ocupar esse lugar porque eu sou a primeira leiga dentro da Sociedade Agostiniana de Educação e Assistência a assumir esse cargo de direção que sempre é exercido por padres. Sou a primeira mulher e leiga encarregada de um cargo de direção, por isso fico muito feliz pela confiança depositada em mim”, orgulha-se.
 
Assim como Raquel, os três filhos de Adriana também estudaram no colégio. “Eu tenho uma experiência muito rica, pois sou diretora da escola onde estudei e também fui mãe de aluno. É um sentimento de gratidão, de devolver para a escola tudo o que ela fez por mim. Aqui construí quem eu sou, não apenas a Adriana estudante, mas também a jovem, adulta, professora, fonoaudióloga, mãe e hoje a diretora que tem essa oportunidade de acompanhar crianças adolescentes e jovens ao longo de 11 anos. Isso me torna cada dia melhor, porque poder conviver com o ser humano em diferentes fases de desenvolvimento é muito enriquecedor”, finaliza.
 

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