"Nós, hoje, toleramos muito pouco o sofrimento, porque, junto com a indústria farmacêutica, são duas grandes forças que criam o uso do remédio psiquiátrico e o novo paciente psiquiátrico, aquele que não é doente, mas se vale do remédio. É a indústria e a cultura da felicidade: que é a ideia de que vocês acham que tem direito à felicidade. Você não tem direito à felicidade. O que você tem é o direito à busca da felicidade. O que você tem direito é às condições básicas da vida: respeito, dignidade, oportunidades iguais entre homens e mulheres, estudos"(...) Depoimento do médico psiquiatra e psicanalista Alfredo Simonetti, no Café Filosófico.
Despertar para nossas próprias responsabilidades e buscas prioritárias é um desafio constante. Mas até quando a "cultura da felicidade" vem se valendo dos alopáticos, fitoterápicos, homeopáticos ou psicodélicos? Será que estar sã não requer doses de sofrimento, solitude, pausa e repouso? Até quando deixamos de escutar nossos ancestrais? De olhar para Lua e nos interessarmos por suas fases? De ouvir nosso corpo e mente para compreender se é o momento de avançar, ou de recolher-se, como o são nas estações do ano?
Os produtores do agro já sabem muito bem as datas e épocas propícias para o plantio, mas a Natureza, às vezes é implacável, não é mesmo?! Estamos nós, realmente, conectados à Ela?
Recentemente, conheci, por meio do curso online "Acervo em Paisagem: arte, território e cartografias", promovido pelo Instituto Burle Marx, o MAPBiomas Brasil, uma plataforma que mapeia a transformação do uso e cobertura da terra através da ciência e da tecnologia. Comprometida em monitorar anualmente as áreas de ocupação, preservação e espaços urbanos ela investiga e oferece soluções e prevenções ambientais para áreas comprometidas e o uso apropriado da terra. Uma iniciativa multi-institucional que me deu muita esperança e alegria.
Minha busca à felicidade foi favorável e sigo em frente acreditando que há ainda muito mais a se buscar. Uma das falas da palestrante, a arquiteta urbanista, Mayumi Hirye que foram bem legais foi a de que: "Numa coisa todos concordamos, todo mundo gosta de plantas. Ninguém vai implicar de você ter um projeto que favoreça a vegetação, ou uma árvore. Claro que há a indústria imobiliária e outras incorporações que só visam o lucro, mas até eles estão investindo em áreas verdes, porque constataram, que pode dar ruim sem elas".
A gente não vai comer dinheiro, tão pouco ouro, como já nos advertiu o mito de Midas. Plantar, colher, usufruir e, continuar a busca. Ou como diria alguns, continuar a luta. A luta contra a dor, o sofrimento, o cansaço, a solidão, o descompasso, o desperdício. A luta continua.
Mas a busca, ah... a busca é nossa. É nossa por direito.
Venha exercer seu direito de buscar uma vivência feliz e saudável no "Jardim Yin", um evento exclusivo para mulheres de todas as idades, no dia 1° de novembro, no Jardim Potrich: Yoga, Arte e Natureza.