Para adicionar atalho: no Google Chrome, toque no ícone de três pontos, no canto superior direito da tela, e clique em "Adicionar à tela inicial". Finalize clicando em adicionar.
Documentário será exibido em festival | 19.01.24 - 10:40
(Foto: álbum de família)Jales Naves Especial para A Redação
Goiânia – Pequena cidade do sul de Minas Gerais, Ilicínea tem sua história ligada às disputas dos bandeirantes paulistas, no século XVIII, pelo tesouro que diziam estar enterrado nas margens do Itaci, banhadas pelo célebre rio Grande. Começou como um povoado que recebia os fazendeiros que, nada encontrando de mineral, foram se instalando na região. Ficava distante 24 quilômetros do rio Grande e 18 do rio Sapucaí. No início do século XIX construíram uma capela para Nossa Senhora Aparecida, o que permitiu o crescimento da comunidade. Congonhas foi o primeiro nome e, em 1938, como distrito, passou a se chamar Ilicínea. Em 1953, desmembrado do município de Boa Esperança, foi elevado à categoria de cidade. O nome tem origem na planta Congonhas, da família das ilicinaseas, muito difundida na região, devido ao chá de suas folhas que exalam sabor e aroma peculiares. Hoje tem 12.300 habitantes.
A cidade venera a professora Maria Nicésia Naves Vilela, que morava no bairro central, com o marido, o médico João Vilela Teixeira, que atendia os pacientes na ampla sala, que funcionava como consultório. Conforme os relatos, ela era uma pessoa do bem, solidária e caridosa, que não media esforços para atender aos enfermos, não cobrando pelo atendimento. Ela faleceu em 1958, aos 48 anos, e, desde então, surgiu um mistério, há mais de 60 anos: em sua sepultura brota um óleo, dia e noite, considerado milagroso, como anotaram muitas pessoas que ali estiveram, citando a cura de feridas no rosto, gastrite, sinusite, pedra nos rins, cobreiro etc.
O túmulo é comum, como os demais, sendo que o da professora Maria Nicésia Naves, desde esse tempo, passou a atrair os moradores da cidade e de comunidades vizinhas para uma visita, momentos de orações e levar suas porções do óleo. De acordo com os entrevistados pela TV Alterosa – Sul e Sudoeste de Minas, em vídeo na internet, ela é “uma Santa, faz milagres”. São muitos os seus devotos. Esse documentário será exibido no Festival Cultural Naves Brasil, programado para novembro em Brasília.
No local estão sepultados Maria Nicésia, a filha Nicézia, que faleceu em 1989, e o marido, que morreu em 2006, aos 94 anos.
Há uma Escola Estadual na cidade com o nome dela, de ensino fundamental, anos iniciais, na rua Áurea, 448, setor Aeroporto, e funciona das 7h às 18h. Foi criada pela Portaria nº 1.071/ 2023, da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais.