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Exposição Canteiro Aberto

Obra de restauração do Mercado Municipal de Manaus (AM) é aberta ao público

Construtora Biapó resgata história em reforma | 08.05.13 - 21:30 Obra de restauração do Mercado Municipal de Manaus (AM) é aberta ao público (Fotos: divulgação/Biapó)
A Redação

Goiânia -
A Construtora Biapó inaugura, nesta quinta-feira (9/5), a Exposição Canteiro Aberto na obra de restauro e adaptação do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, em Manaus (AM). O público em geral poderá fazer visitas, das 8h às 17h, com entrada franca.
 
O objetivo é envolver a comunidade no processo de restauro, tornando também públicas as ações e decisões da construtora. A exposição permitirá ao público conhecer melhor a obra em execução, a história do Mercado, seus processos construtivos e métodos de restauração que estão sendo aplicados.

No interior da obra são feitas exposições compostas por fotografias e painéis, com informações sobre as metodologias adotadas na obra. O Mercado Municipal está sendo completamente restaurado desde os pisos até sua cobertura, obedecendo aos preceitos internacionalmente aceitos para o restauro de edifícios históricos.
 
Cada intervenção foi pensada no sentido de manter a originalidade e a unidade arquitetônica do conjunto. Cada parte da restauração é fruto de um processo de profundo estudo, a fim de garantir a intervenção e o restauro corretos em busca do melhor resultado.
 
O projeto inicial da obra foi inspirado no Mercado de Les Halles em Paris. A estrutura de ferro fundido é ricamente trabalhada em estilo Art Nouveau, ao gosto da época. Vitrais coloridos compõem os frontões, proporcionando grande beleza ao conjunto.
 
História
Em Manaus, até a segunda metade do século XIX, os produtos alimentícios eram trazidos dos municípios próximos e comercializados à margem do rio Negro, em um local conhecido como Ribeira dos Comestíveis. Ali eram vendidos produtos como farinha, peixes, frutas, legumes, grãos, além de mercadorias produzidas na região.
 
O crescimento da cidade, proporcionado pelo chamado período áureo da borracha, propiciou duas condições que se mostraram fundamentais para a criação do Mercado Adolpho Lisboa: o desenvolvimento econômico e o contato direto com a Europa. Nesta época surtos epidêmicos nas cidades europeias trouxeram à luz o debate sobre a necessidade iminente de políticas de saúde pública e incitou a criação de teorias e concepções higienistas que culminariam, entre outras coisas, na criação de mercados públicos de abastecimento.
 
Assim, entre o final do século XIX e o início do século XX, diversas cidades construíram seus mercados, entre elas Londres, Berlim e Paris. Isso repercutiria no Brasil com a criação dos mercados municipais de São Paulo e Manaus.
 
O primeiro passo para construção do Mercadão, como hoje é carinhosamente conhecido pela população manauara, foi dado em 1881, na gestão do presidente Satyro de Oliveira, com a desapropriação de um terreno de 5.400 m2 próximo ao Porto, situado na Rua dos Bares.
 
Construção
Construído pela empresa Backus & Brisbin, que atuava em Nova Orleans (EUA), no México e em Belém (Pará), era composto de um galpão coberto e uma fachada de alvenaria de pedras, voltada para o Rio Negro, cujo frontão, em estilo neogótico, ficava instalado um relógio de fabricação alemã.

A estrutura metálica foi totalmente importada de Liverpool, encomendada por catálogo da empresa Francisc Norton Engineers. Esta parte é hoje o Pavilhão Central, que foi inaugurado em 15 de julho de 1883.
 
Em 1890 o Mercado foi ampliado com a construção de mais dois pavilhões laterais. Essa ampliação entretanto não foi suficiente para suprir a crescente população da cidade e, em 1902, foi encomendado da empresa Walter MarcFarlane de Glasgow (Escócia) a estrutura de ferro do pavilhão posterior, hoje Pavilhão das Tartarugas.
 
A nova estrutura se difere dos demais, por ter a cobertura em quatro águas, a iluminação com lampiões de querosene e por possuir as laterais todas fechadas. É nesta ampliação que o mercado recebe sua fachada voltada para a Rua dos Bares, sendo concluída em 1906.
 
Atualmente o Mercado Municipal Adolpho Lisboa possui seis pavilhões de ferro fundido: um central; dois laterais, da carne e do peixe; um posterior, o da tartaruga; e dois pavilhões menores instalados lateralmente nas extremidades da fachada voltada para o rio Negro - os pavilhões Amazonas e o Pará.

Leia mais:
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Comentários

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  • 18.02.2014 21:54 Claudia Nascimento

    Sou professora de arquitetura em Boa Vista e gostaria de levar meus alunos nessa obra. Como estão as visitas?

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