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Em Goiás

A sete meses das Eleições, equação PT + PMDB segue sem solução

Aliança já foi rompida em 11 Estados | 05.03.14 - 16:56 A sete meses das Eleições, equação PT + PMDB segue sem solução (Montagem: A Redação)
Alexandre Parrode
 
Goiânia - A relação PT e PMDB anda cada vez mais delicada em Goiás. Desde o ano passado, quando o empresário José Batista Júnior, mais conhecido como Júnior Friboi, foi lançado pelo PMDB como pré-candidato ao governo do Estado, uma série de divergências entre os então aliados começou a eclodir. 
 
Se antes as críticas e desavenças entre membros dos dois partidos que comandam a principal frente de oposição ao governador Marconi Perillo (PSDB) ficavam nos bastidores, hoje as legendas já não fazem tanta questão de escondê-las.

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PT x PMDB ou PT + PMDB?
No último mês, o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, esteve em Goiânia e deixou bem claro que, quando o dia 29 de março chegar, o que ficará decidido nas convenções será mesmo o lançamento do prefeito de Anápolis Antonio Gomide ao governo.

Em entrevista coletiva na capital goiana, Rui afirmou: "teremos uma resposta e, pelo que tenho visto e ouvido, vai ser a de reafirmação da sua candidatura”.

Se Gomide sairá candidato com ou sem o apoio do PMDB é a questão que ainda está sem resposta.

Em entrevista ao A Redação, Gomide põe panos quentes e afirma que "quer o apoio do PMDB" e que, se não estiverem juntos no primeiro turno, certamente se unirão para o segundo embate. 

No entanto, Gomide deixa claro que descarta a possibilidade de ser candidato a vice ou senador. “Se eu me desincompatibilizar da prefeitura de Anápolis no dia 29, significa que as conversas já foram feitas e vou sair candidato a governador", enfatiza.

Ainda sem a definição, o prefeito, pelo sim ou pelo não, começou o ano visitando municípios no interior e aglutinando aliados. Inclusive, já circula, em edição extraordinária, o “Informativo do Partido dos Trabalhadores de Goiás”, com tiragem de 5 mil exemplares, contendo entrevista e notícia do lançamento da candidatura de Antônio Gomide, bem como um programa de reuniões por todo o Estado.

Outro forte sinal de que o PT não está para brincadeira com a pré-candidatura de Antonio Gomide foi a entrevista exclusiva ao A Redação concedida pelo goiano mais influente no Palácio do Planalto há 11 anos, Olavo Noleto, subsecretário nacional de Assuntos Federativos da Presidência da República. "O PT tem legitimidade para lançar candidato próprio em Goiás", enfatizou Noleto.

Outro lado
Legenda cativa nas eleições em Goiás, o PMDB, mesmo tendo perdido os últimos quatro pleitos para a atual gestão (três deles para o próprio governador Marconi Perillo), também não abre mão de lançar candidato.

Só que, ao contrário do parceiro petista, o partido tem divergências internas que parecem não estar bem resolvidas e, até agora, discute um nome para a disputa. 

De um lado, o pré-candidato oficial, Junior Friboi; de outro, a principal liderança do PMDB em Goiás, o ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende - que vem recebendo pedidos de vários membros da legenda para entrar em campanha. O manifesto #VoltaIris aglutinou apoio, de acordo com alguns peemedebistas, de mais da metade dos diretórios do partido no Estado.

Aos 80 anos, Iris até agora não sinalizou interesse na disputa, nem para governador, nem para nenhum outro cargo. Mas seu escritório político vive lotado de líderes políticos. Há quem diga que o sonho do também ex-governador seja derrotar, pelo menos uma vez, Marconi. Caso seja confirmado, esta seria a terceira disputa entre os dois - se o peessedebista pleitear a reeleição.

Além de ter de resolver essa rachadura interna - que é incansavelmente negada - o PMDB goiano ainda tem a desconfiança do mais importante aliado local: o PT. 

A aposta na novidade Junior Friboi não empolga as lideranças do PT e foi um dos principais motivos para que a legenda decidisse que já estava na hora de encabeçar a chapa da oposição. No entanto, a sete meses das eleições, nem Friboi nem Gomide pontuam bem nas pesquisas. 

O único candidato que, efetivamente, tem eleitorado cativo (e expressivo) é Iris Rezende. Este, sim, é capaz de reunir novamente PT e PMDB. A candidatura teria mais chances de assegurar a união dos dois, ainda no primeiro turno.  
 
 
Aliança nacional
Além de Goiás, outros seis Estados ainda estão por conhecer o resultado da equação acima. Amapá, Maranhão, Paraíba, Ceará, Mato Grosso e Espírito Santo têm situação indefinida.
 
Já em outros 11 Estados (Acre, Roraima, Piauí, Pernambuco, Bahia, Minas, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul), PT e PMDB vão ser adversários e terão cadidatos independentes a governador. Chama a atenção, neste ponto, que, no total, os partidos disputarão o voto de 95,9 milhões de eleitores (cerca de 68% do total do País).
 
Os nove Estados restantes e que fecharam alianças regionais são Amazonas, Rondônia, Pará, Tocantins, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe e Santa Catarina. Juntas, essas unidades da federação reúnem 21,7 milhões de eleitores (apenas 15% do total).
 
Mesmo que em Goiás e nos outros seis Estados indefinidos se confirme a união, a soma do porcentual de votos não chegaria a 40% do total.

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