A Redação
Goiânia - Um dos réus pelo envolvimento na morte de Marines Pereira Gonçalves e Junio José de Aquino, ocorrida no dia 1º de abril deste ano, durante um suposto confronto no Setor Jaó, em Goiânia, o nome do policial Diogo Eleutério Ferreira voltou a ser destaque nos noticiários. Isso porque ele recebeu, nesta semana, uma medalha de mérito “pelos relevantes serviços prestados ao Estado de Goiás e, em especial, à Secretaria de Estado da Casa Militar". A informação foi publicada na quarta-feira (31/7), no Diário Oficial do Estado de Goiás, mas, por determinação do governador Ronaldo Caiado, a concessão será revogada.
Em nota, o Governo de Goiás informou que a análise dos nomes para serem condecorados foi realizada pela Casa Militar no 1º trimestre, ou seja, antes do registro da ocorrência policial. "Contudo, o governo reconhece que a homenagem é totalmente inapropriada e por isto decidiu pela revogação", esclarece o documento.
Relembre o caso
Na ocasião do ocorrido, os policiais do COD relataram que receberam informações de três homens que teriam fingindo ser policiais e invadido uma fazenda para tentar sequestrar um rapaz e cobrar uma dívida. Sem sucesso, o trio teria extorquido e ameaçado os moradores de morte.
Segundo o relato da ocorrência, os três ainda teriam invadido a casa do homem que devia para eles e, por não encontrá-lo, roubaram vários eletrodomésticos. Com os detalhes do carro usado pelo trio, os policiais teriam iniciado uma busca pelo veículo e localizado com dois dos três suspeitos.
Os policiais afirmaram na época que, ao tentar abordar os ocupantes do veículo, eles foram recebidos com diversos disparos de arma de fogo e, por isso, teriam revidado. Relatam ainda que os dois suspeitos foram atingidos na troca de tiros. Um deles morreu no local e o outro foi socorrido, mas morreu no hospital.
Os agentes disseram ainda que os dois suspeitos tinham uma "extensa ficha criminal" pelos crimes de extorsão, estelionato, tráfico de drogas, ameaça, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, receptação, extorsão e cárcere privado.