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Comércio funciona no mesmo lugar há 32 anos | 13.05.22 - 16:17
Foto: Letícia Coqueiro
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Foto: Letícia Coqueiro
Foto: Letícia CoqueiroCarolina Pessoni
Goiânia - De vendas de queijo na carroceria da caminhonete até a loja que se tornou referência no Centro de Goiânia já se passaram 32 anos. Assim foi o início da Lojinha do Queijeiro, que funciona na esquina da Avenida Anhanguera com a Rua 23, próximo ao Teatro Goiânia, desde 1989.
O proprietário do estabelecimento, Antônio Luiz de Queiroz Neto, conta que a ideia do comércio veio por conta de uma receita de família. "Meu avô sempre fez queijos e eu o via fazendo quando era criança. Assim que saí do Exército, vi aí uma oportunidade de negócio", lembra.
O começo foi desafiador. Sem ponto comercial, a ideia foi colocar a mercadoria na carroceria da caminhonete e ir para um lugar de grande movimentação de pessoas, como havia sugerido um tio. Inicialmente, o local das vendas seria Campinas, mas, no caminho, o percurso mudou.
"Quando eu estava subindo a Avenida Tocantins, vi aquela 'muvuca' de gente e lembrei do que meu tio disse. Perguntei para um rapaz que tinha um churrasquinho na esquina se eu poderia encostar a caminhonete e vender o queijo ali. Ele disse que sim, se eu não tivesse medo do 'rapa', mas eu nem sabia o que era isso, então fiquei ali mesmo", lembra o empresário.
O sucesso foi imediato. Antônio conta que em poucos minutos vendeu tudo o que tinha levado. "Foi uma surpresa. Eu fui num horário bom, depois das 5 da tarde, quando o pessoal já estava saindo do trabalho. Aí fui ficando lá. Teve até fila com distribuição de senhas para mais de 60 pessoas comprarem comigo."
Antônio Luiz Queiroz é o proprietário da Lojinha do Queijeiro (Foto: Letícia Coqueiro)
Com o tempo e o sucesso do negócio meio "improvisado", a fiscalização não permitiu mais que as vendas fossem feitas na carroceria da caminhonete. Assim, Antônio abriu o ponto fixo na Avenida Anhanguera, uma loja com pouco mais de 3 metros quadrados. O negócio foi expandindo e, posteriormente, o empresário alugou as salas de dois vizinhos, ampliando o espaço, que permitiu a instalação de uma cozinha e escritório.
Na lojinha, além do queijo fresco, os salgadinhos passaram a fazer parte dos produtos comercializados. Mas há cerca de 15 anos ele e a esposa, que também comanda o negócio, inseriram a pamonha no cardápio e a paixão goiana passou a dominar a preferência da clientela. "O queijo fresco tipo Minas foi e ainda é nosso carro-chefe, mas a pamonha caiu no gosto dos clientes. Não teve jeito", lembra.
Atualmente, constam no cardápio da loja variados tipos de queijo além do frescal, como trança, muçarela, meia cura, cabacinha, coalho e queijo ralado. Além disso, diversos derivados do milho, como chica doida, bolinho de milho, curau, pamonha cozida e assada e caldo de frango também deixam os clientes com água na boca. Isso sem contar as porções de arroz doce e canjica, que adoçam o paladar.
Antônio conta que o movimento era muito forte no seu comércio antes da pandemia, vendendo cerca de 600 pamonhas e 90 peças de queijo por dia. "Agora o movimento caiu bastante. Ainda vendemos a mesma quantidade de queijo, mas as pamonhas caíram para cerca de 300 por dia."
Clientes fiéis frequentam o comércio desde 1989 (foto: Letícia Coqueiro)
As receitas de queijo e da pamonha, do avô e da mãe do empresário, respectivamente, são os grandes atrativos dos cerca de 300 clientes que passam pela loja todos os dias. "Temos uma clientela muito fiel, gente que conheci dentro do carrinho de bebê e agora passa carregando seus filhos", diz o proprietário sem esconder o orgulho.
Foi também a loja que sustentou sua família, criou os dois filhos e hoje conta com outros seis colaboradores, sempre no mesmo endereço. "Se eu quero sair daqui? Nunquinha que eu penso em mudar a loja de lugar. Já pensei em expandir, abrir outras unidades, mas eu gosto é daqui mesmo. Pra mim já tá bom absurdo", brinca.