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Viaduto Latiff Sebba é marco arquitetônico e de identidade de Goiânia

Obra foi inaugurada em 2007 | 28.04.23 - 20:03
Viaduto Latiff Sebba é marco arquitetônico e de identidade de Goiânia Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Carolina Pessoni
 
Goiânia - O cruzamento das Avenidas 85, 87 e D, no Setor Marista, se tornou um dos mais icônicos símbolos de Goiânia. A Praça Latiff Sebba, que poderia ser apenas uma via urbana, é uma das referências da capital com o monumento de aço e três pontas direcionadas para diferentes regiões da cidade.
 
Popularmente conhecida como Praça do Ratinho, o local ganhou esse apelido na década de 1980. Ali havia um posto de combustíveis chamado Posto do Ratinho que, como não podia deixar de ser, tinha como seu símbolo o desenho de um rato.
 
O letreiro em neon, que tinha cerca de 5 metros, mostrava o rato segurando um pedaço de queijo na mão. Quando a luz se apagava e acendia novamente, o queijo estava na boca do mascote. Por seu tamanho, era visto de longe e se tornou um ponto de referência da região. Até hoje, mesmo sem a presença do rato iluminado há muitos anos, o apelido permanece.
 
O viaduto com o monumento só ocupou o lugar em 2007. Com o objetivo de desafogar o trânsito na região, a Prefeitura de Goiânia decidiu pela intervenção e publicou um edital de projetos para selecionar o que deveria ser executado no local. O projeto escolhido pelo então prefeito Iris Rezende foi o do arquiteto Marcos Antônio Ferreira do Amaral.
 

Vista aérea do Viaduto Latiff Sebba (Foto: dr0.ne)
 
Marcos explica que, ao invés de propor apenas uma passagem de nível simples, optou por agregar valor à cidade. "Quando a cidade não tem uma característica natural que a referencia, monumentos podem ser feitos para isso. Um exemplo clássico é a Torre Eiffel, em Paris. Esse foi o nosso objetivo, trazer identidade com um objeto estético que se tornou uma das marcas de Goiânia", explica o arquiteto.
 
A concepção do monumento se deu com base no projeto original de Goiânia, do arquiteto e urbanista Attilio Correa Lima. Marcos Antônio explica que no estudo preliminar da área, foram encontradas as referências topográficas cravadas desde a década de 1930.
 
"Quando foi feita a limpeza do local, no estudo preliminar, foram identificados os marcos cravados desde o plano de Attilio Correa Lima, que apesar de não prever a Praça do Ratinho, já apresentava esse ponto como concentração de avenidas, com o desenho da praça em rótula. Foi daí que veio a ideia da concepção do monumento", revela.
 
Marcos esclarece também que essas marcações foram feitas para a criação das ruas dos setores Marista, Oeste e Bueno. "E é para essas regiões que cada estaca está apontada", conta o arquiteto.
 

(Foto: Marcia Cobar/Shutterstock.com)
 
O monumento, também chamado de Monumento dos Três Marcos possui três torres, cada uma com 56 metros de altura e peso de 3 toneladas. Da laje até o chão, são quase 5 metros de altura e as paredes de contenção foram feitas em estrutura de concreto pré-fabricado, com o objetivo de acelerar a conclusão da obra, que foi inaugurada em agosto de 2007 e teve um custo de cerca de R$ 7,3 milhões.
 
Para Marcos Antônio, este monumento tem um caráter que foi de levar um novo olhar para a região. "O monumento virou um ícone para a cidade, que era carente de uma coisa que precisava identificá-la. Além disso, a região ganhou muito, porque foi feita toda urbanização em volta, com grandes empreendimentos. Agregou valor à cidade, até hoje as pessoas que passam por lá fotografam, postam nas redes sociais", diz.
 
 

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