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Caso Davi Sebba

Quatro policiais militares são indiciados por homicídio no caso Davi Sebba

"Jordão apertou o gatilho", afirma delegado | 05.06.13 - 10:33 Quatro policiais militares são indiciados por homicídio no caso Davi Sebba Advogado Davi Sebba foi morto em julho de 2012 - (Foto: Reprodução Facebook)
Michelle Rabelo

Goiânia
- Depois de choque de versões, mudança na linha de investigação, prorrogação de prazos, comoção popular e quase 11 meses de investigações, foi concluído o inquérito da morte do advogado Davi Sebba Ramalho. Segundo a Polícia Civil, o inquérito resultou em processo criminal contra quatro policiais militares, indiciados por homicídio. Há ainda a possibilidade de responsabilização de outras pessoas por crimes como falso testemunho.

A conclusão  do inquérito foi divulgada na tarde desta terça-feira (4/6), conforme publicou o jornal A Redação (leia matéria),  com a convocação de uma entrevista coletiva, que será nesta quinta-feira (6/6), durante a qual  serão apresentados todos os esclarecimentos para o caso.


Responsável pelo caso, Murilo Polati fala coma imprensa nesta quinta-feira (Foto: SSPJ/GO)
 
Segundo o delegado Murilo Polati Rechinelli, titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) de Goiânia, e responsável pelo caso, foram indiciados por homicídio os soldados Jonathas Atenevir Jordão e Luiz Frederico de Oliveira e o tenente Edinailton Pereira de Souza.

Em resumo, não houve troca de tiros, como havia se levantado no início das investigações diante da versão dos policiais, e Davi foi mesmo morto pelos militares. A bala que tirou a vida do advogado saiu da arma do soldado Jordão, o que, entre outras coisas, caracteriza o crime como homicídio. De acordo com Murilo Polati, não foi pedida a prisão de nenhum dos indiciados.


Davi foi morto no dia em que virou pai do primeiro filho - (Foto: reprodução Facebook)
 
Sobre a versão dada pelos policiais de que Davi teria ido ao supermercado comprar drogas, Polati explica que há divergências nos autos, e que o inquérito foi prejudicado pela falta de algumas provas periciais, perdidas no início das investigações. Para Murilo, o fato se deve ao fato de o delegado que esteve no local do crime não ter tomado as providências devidas.

Demora
O fato da participação de policiais militares no crime já foi exaustivamente discutido pela sociedade, o que desencadeou uma "guerra" contra os crimes de extermínio . Isto, somado aos quase 11 meses de demora, revoltou familiares e amigos da vítima, que defendem que o inquérito deveria ter sido encaminhado ao Poder Judiciário em agosto do ano passado.

Em agosto de 2012 foi feita a reconstituição do crime, que durou mais de sete horas e aumentou a expectativa em relação à solução do caso.

Missa
Na noite desta quarta-feira (5/6), será realizada uma missa pelos onze meses de falecimento do advogado. A celebração será às 19 horas, na Paróquia São Paulo Apóstolo, em Goiânia.

Entenda o caso
No dia em que virou pai do primeiro filho, o menino Gabriel, o advogado Davi Sebba morreu baleado após ser abordado por Policiais militares. O crime aconteceu no estacionamento do hipermercado Carrefour Sudoeste, na avenida T-9, na noite do dia 5 de julho, em Goiânia.
 
Conforme a versão apresentada pela PM, Davi teria reagido à abordagem, quando foi baleado pelos agentes. A suspeita é de que haveria comercialização de drogas no local e que ele estaria sendo monitorado pelo Serviço de Inteligência da Polícia Federal.

Familiares da vítima repudiaram a informação dos policiais, alegando que Davi foi ao supermercado comprar mantimentos para passar a noite na maternidade com o filho recém-nascido e a mulher.

A informações dos militares também não é a mesma apresentada por testemunhas, que alegam que a vítima não reagiu, sendo executada sem motivação aparente.

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Comentários

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  • 14.10.2014 22:43 João Fernandes de Alcantara Lima

    O grande problema desde site é agir de forma autoritária e ditatorial. Apenas comentários em prol ao Traficante Davi que permanecem. Os demais são todos excluidos. Conforme o meu foi. O processo esta correndo bem e cada vez mais fica evidenciado o grande traficante que o Davi era e o quanto esse delegado elaborou o inquerito de forma equivocada e leviana simplesmente para se auto promover e conseguir ser o titular da delegacia que ele era um adjunto. Neste quesito ele esta de parabens. Conquistou o objetivo dele. Vamos aguardar que a verdade vai aparecer e muitos aqui vão se envergonhar deste traficante o qual defendem.

  • 06.06.2013 16:48 Justiça por Davi

    Prezado João Fernandes de Alcantara Lima, suas justificativas não legitimam a execução de um homem desarmado, mesmo que seja o maior traficante do mundo. O que se discute não é a conduta moral do Davi, que já morreu, e sim a execução de pessoas pela policia militar.

  • 05.06.2013 23:43 Moema Públio de Souza Baiocchi

    Já é um grande avanço q o inquérito tenha sido concluído, apresentando a verdade dos fatos. Mas a nossa luta não terminou. Os assassinos de Davi ainda estão nas ruas, armados, colocando em risco a vida de qq cidadão que tenha a má sorte de cruzar c/ eles.

  • 05.06.2013 14:29 silas cow

    Morte polêmica cercada de mistérios e histórias mal contadas. O certo é que a puliça defende o Estado, e este está cheio de "gente boa" de políticos honestos e altruístas. Então é acreditar que a vítima foi alvejada por ser um indesejável aos olhos de gente pobre de alma e de espírito que, infelizmente, é a maioria na nossa cidade. Davi guerreiro, o seu nome não será manchado por mentiras e calúnias, quem te conheceu sabe do seu caráter da grande pessoa que você é. Mais um mártir na causa da violência policial pós-ditadura. No dia em que a sociedade abrir os olhos e ver que a "guerra contra as drogas" é uma política falida que só fomenta a corrupção policial, o crime organizado, partidos políticos e o sistema bancário teremos uma nova perspectiva e seu nome será lembrado pra sempre!

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